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Xan Ravelli

Já de olho em 2021...

Xan Ravelli - Arquivo pessoal
Xan Ravelli Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do UOL

28/12/2020 04h00

Já de olho em 2021, e vai ter gosto de resiliência, de prosseguir quando tudo sussurra que não dá mais. Vai ter gosto desejo! Equilibrando presença e olhar para o futuro, porque é preciso estar aqui, de corpo e alma para os meus amores, para mim mesma, para o sentir, para o processo. E é preciso olhar para cima, pra frente, porque a vida é o ontem, o hoje e o futuro, tudo junto, ao mesmo tempo, agora.

2021 vai ter eu me parabenizando sem modéstia por todas as coisas fodas que realizei até aqui, pelos sonhos que conquistei, pela prosperidade que me acompanha em todos os âmbitos da vida. Vai ter eu me cobrando, me dando bronca, puxando minha orelha enquanto crio estratégias para organizar as merdas que fiz e transmuta-las em aprendizados e ações positivas. Porque, qual gata de rua, aprendi a lamber minhas próprias crias e feridas.

E eu rirei do tempo, das coisas que fiz sérias demais e que não mereciam um pingo daquela preocupação, eu vou me olhar com a gentileza que só a maturidade traz. Vou fazer 40 anos e vou seguir sem me comparar, porque a verdade é que ninguém sabe os caminhos por onde andei, as batalhas que travei, aquelas internas e externas - tudo que ganhei, tudo que perdi, o que me trouxe até aqui.

E eu vou celebrar!!! A vida, a capacidade de sorrir, as comidas deliciosas que experimento, bons drinks, sexo, a risada das minhas crianças. Vou celebrar os encontros que tive até aqui, cada pessoa que eu amo ter na vida, as boas amizades, meus amores. Eu amo gente! O convívio com as pessoas é o que me eleva, me ajuda a evoluir, a trocar ideias, carinhos, afeto, sorrisos, histórias.

Vai ser bom!!! Vai ser novo!!! Independente de forças opostas atuarem para o contrário VAI TER AMOR, porque o amar é intrínseco e natural a muita gente, e essa gente que ama vai se unir. Vai se encontrar, focar nas semelhanças e não nas diferenças pra poder mudar a casa, a rua, o país nem sempre com flores porque as vezes a gente precisa se fazer ouvir e entender.

E a gente vai continuar, como aquelas árvores solitárias que nascem no meio do deserto. Resistindo com fúria, beleza, poder e estratégia.
Vem 2021, pode vir que eu aguento. Sigamos