Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Apaixonada por bicho, ela trocou carreira de professora pra ser babá de pet
Gatinho no colo. Na camiseta. Na tattoo. Na máscara. Basta olhar por um segundo para a paulistana Laura Garcia, 32, para ver que ela é uma apaixonada por miaus. Com alguns minutos de conversa, essa história fica ainda mais interessante.
Formada em pedagogia e pós-graduada em alfabetização, Laura trocou a carreira como professora pela de babá de pet (pet sitter). Uma escolha extremamente difícil na época, três anos atrás.
Mãe de 11 bichanos e um doguinho, o Chinelo, ela explica que, depois de seis anos de trabalho na área educacional, tinha chegado ao limite. "Ia e voltava chorando. Pegava muito trânsito, a escola era longe da minha casa... Coisas que foram acumulando e me fizeram pensar se era o que eu queria para mim."
"Quando decidi recomeçar minha vida profissional e abandonar diplomas, cursos e pós-graduação, senti medo e um certo frio na barriga. Ouvi muita coisa que nunca pensei ouvir. Chorei e me senti desmotivada e incapaz de trilhar caminhos novos", diz.
Uma das minhas maiores motivações foi minha mãe. Vendo tantas mulheres próximas se reinventando, inclusive ela, tive a coragem de olhar para dentro, ouvir o que meu coração gritava e seguir. Com medo mesmo. Uma hora o medo vai embora e os feedbacks positivos e as palavras de incentivo começam a te impulsionar
"Não me vejo fazendo outra coisa"
A partir de então, o que ela fazia eventualmente para amigos, vizinhos e familiares começou a despontar como uma possibilidade real de trabalho.
"Apareceram aquelas plataformas tipo Dog Hero, Pet Anjo, e fui entender como funcionava. Comecei a fazer vários cursos nessa área, criei uma página profissional no Instagram e comecei a divulgar. As pessoas falavam 'Você nasceu para fazer isso!', e isso me motivou muito. Eu não me vejo fazendo outra coisa nessa vida", celebra Laura, que atua como cuidadora, táxi pet e passeadora.
Com o domínio da nova área, cresceu também a vontade de ajudar o maior número possível de animais, e então ela criou, com algumas amigas, o projeto Estilo 4 patas, que resgata e reabilita bichinhos que são abandonados ou sofrem maus tratos, e os conecta, através de uma rede do bem, a lares amorosos.
O trabalho é voluntário e custeado por doações. "A gente trabalha com proteção em pequena escala, que é algo que todo mundo pode fazer. A gente resgata, cuida e doa." Desde 2018, quando projeto começou, 120 gatos e cachorros conquistaram novas famílias. Atualmente, há outros 150 à espera de seus finais felizes.
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