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Mayumi Sato

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Novela e 'BBB' mostram papos sobre swing e fetiche. Estamos menos caretas?

No "BBB 22", Maria e Eliezér transaram mas não querem relacionamento fixo. E tudo bem! - Reprodução / Internet
No "BBB 22", Maria e Eliezér transaram mas não querem relacionamento fixo. E tudo bem! Imagem: Reprodução / Internet

Colunista de Universa

06/02/2022 04h00

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Temas envolvendo fantasias, fetiches e relacionamentos liberais estão ganhando espaço na televisão brasileira e, importante: são temas que vêm sendo abordados com mais naturalidade e leveza. Se um dia tivemos o sexo presente na TV apenas para fazer chacota e incitar a polêmica, não me lembro! (Mentira, lembro sim e nem faz tanto tempo assim). A boa notícia é que essa nova fase tem permitido aprofundar debates, trazer questões de saúde, prevenção e consentimento à tona, além de colaborar com o nosso processo individual de autoconhecimento.

Em dezembro do ano passado, a Globo, através da novela "Um Lugar ao Sol" trouxe para os holofotes um relacionamento não-monogâmico e mostrou a importância de conversar com o (a) parceiro (a) antes de pensar em envolver uma terceira pessoa na relação.

E não parou por aí: a trama continua abordando assuntos relacionados às fantasias e fetiches dos personagens, mostrando que não existe idade limite para sentir atração ou se descobrir sexualmente.

No "BBB 22" a mesma coisa. Já na primeira semana os participantes falaram de relacionamentos abertos, fetiches e experiências expostas por eles com a maior naturalidade, o que não devia ser diferente.

Se pessoas confinadas no programa mais visto da TV brasileira não têm medo de viver, conhecer e explorar a própria sexualidade, por que você teria?

Encomendei uma pesquisa ao Sexlog.com para saber se as pessoas do meio liberal também sentem falta desse tipo de abordagem na imprensa.

Cerca de 62% das 13 mil pessoas entrevistadas concordam que a televisão deveria falar mais abertamente sobre relacionamentos 'não-tradicionais', fetiches e fantasias sexuais.

Grande parte comenta que esse é um movimento importante para:

"Evitar o preconceito de quem não conhece ou não vive a própria sexualidade de forma livre".

"Mais para informar e ajudar a diminuir um pouco de preconceito que algumas [pessoas] têm sobre o assunto".

"Quebra de um tabu, ajudaria a aproximar os casais, passar uma visão diferente para um mundo muito machista".

Além da tv, mais de 50% dos entrevistados conta acompanhar séries que abordam temas como fantasias, fetiches e relacionamentos liberais, enquanto cerca de 23% acompanha apenas podcasts.

Para quem não quer ficar de fora e também quer se informar com um pouco de entretenimento, aqui vão três dicas! Um filme, uma série e um podcast:

- Filme" Se organizar certinho" - Disponível na Netflix (já falei sobre o filme nessa mesma coluna)

- Série "Desnude", produzida pela GNT - Disponível no Now Online e Globo Play

- Podcast "Prazer, Renata" - Disponível no Google Play e em todas as plataformas de podcasts.

Me conta nos comentários se você já viu e o que achou!

Mayumi Sato