Dia dos Namorados é brega? Obrigatório? Está na hora de subverter a data

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Dia dos Namorados. Tem gente que ama. Tem gente que ignora. Tem quem ache brega, forçado, comercial. E há quem sinta tristeza ou pressão, especialmente mulheres, que por séculos foram condicionadas a esperar do amor romântico a salvação da própria existência.
Mas e se a gente usasse esse dia não para atender expectativas alheias, mas para refletir sobre o que o amor ainda pode significar — para você?
Estar com alguém, dividir a vida com um par amoroso, não é um prêmio, uma obrigação, nem um roteiro universal. É uma possibilidade. E talvez, num mundo cada vez mais individualista, cansado e apressado, seja uma das mais bonitas.
Porque encontrar alguém com quem se tenha química na cama, que desperte o desejo com um simples toque ou olhar, já não é fácil. E raro mesmo é esse desejo vir junto com afinidade emocional, senso de humor compatível, valores parecidos e o prazer de estar ao lado. Quando tudo isso se alinha — mesmo que por um tempo — a sensação é quase mágica.
Às vezes você nem sabe explicar o motivo, mas aquela pessoa tem um diferencial. Algo nela faz você lembrá-la em momentos banais do dia: no meio de uma reunião chata, quando ouve uma música, quando compra uma roupa pensando se a pessoa vai gostar. Ela pode não ser perfeita, mas desperta em você a vontade de partilhar a vida. E isso não é pouco.
Para quem está em um relacionamento, a data pode servir como lembrete: essa pessoa ao seu lado é única. E merece ser vista na sua singularidade, para além dos papéis atribuídos (namorado, marido, mulher, crush). Ela é alguém que, em algum momento, fez você se sentir vivo/a.
E para quem não está, o convite é o mesmo: pense no amor como possibilidade. Não como fardo, cobrança ou meta. Amar pode ser leve. Pode ter várias formas. Pode ser com mais de uma pessoa. Pode ser devagar. Pode ser com você mesmo, inclusive.
Se a data parece comercial demais, subverta-a. Não precisa ter presente caro, jantar com fila ou selfie forçada com balões de coração. Que tal criar um momento de celebração real? Um hiato gostoso no meio da correria. Uma noite à luz de velas com risadas, vinho, abraço. Ou até um bom filme, um afago, uma conversa.
O que importa não é a data em si. É o gesto. O reconhecimento. A vontade de manter o afeto vivo, presente, verdadeiro.
Porque em tempos áridos, amar é plantar beleza onde quase tudo virou cansaço.
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