LGBTQI+

Entenda o que significa cada uma das letras desta bandeira de luta

Por Elisa Soupin

Do GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) ao LGBTQI+, a sigla evoluiu, cresceu e passou a representar muita gente. Tem gente que diz que é difícil entender. Então explicamos aqui o significado de cada uma das letras. "Todas as vezes que fazemos tentativas de encaixar, enquadrar e resumir identidades, corremos o risco de ser injustos. A gente vai agregando ao longo da história, mas não consegue abarcar todas as subjetividades", ressalva a professora Bruna Irineu, da UFMT e presidente da ABEH.
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Lésbicas

Lésbicas são mulheres, cis ou transgênero, que se sentem atraídas afetiva e sexualmente por outras mulheres, sejam elas, novamente, cis ou trans.
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Gays

Gays são pessoas do gênero masculino, que podem ser cis ou trans, que têm desejos, relacionamentos amorosos e afetivos e sexuais com outras pessoas do gênero masculino.
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Bissexuais

Bissexuais são pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente com homens e mulheres (inclusive homens e mulheres transgênero, que também podem ser bissexuais).
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Transexuais

Este é um conceito relacionado à identidade de gênero e não à sexualidade. Pessoas transexuais rompem com correspondência sexo/gênero. "A transexualidade refere-se ao sujeito que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento", diz o Manual de Comunicação LGBT. Então, quem nasce com pênis mas se identifica socialmente como mulher, ou vice-versa, é transexual.
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Travestis

As travestis vivenciam papéis de gênero feminino mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, mas como membros de um terceiro gênero ou de um não-gênero. Importante: sempre se refira a elas como AS travestis. O uso do pronome masculino é considerado ofensivo. "É hoje uma categoria de identidade utilizada com grande força política para romper com processos que envolvem a estigmatização dessa população", diz Bruna.
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Queer

Esse termo é mais amplo e chega ao Brasil pelos estudos que ficaram conhecidos como Teoria Queer. "O Queer significa esquisito na língua inglesa, como um insulto semelhante ao que muitas LGBTQIA+ já ouviram: "sapatona", "veado" ou "traveco". Assim, Queer envolve sujeitos que não correspondem à heteronormatividade, seja pela sua orientação sexual, identidade de gênero, atração emocional ou pela sua expressão de gênero", explica Bruna.
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Intersexualidade

A intersexualidade descreve pessoas que nascem com anatomia reprodutiva ou sexual e/ou um padrão de cromossomos que não pode ser classificado como sendo tipicamente masculino ou feminino. Segundo o Manual de Comunicação LGBTI, ainda é comum a prescrição de terapia hormonal e a realização de cirurgia, que são destinadas a adequar a aparência e a funcionalidade da genitália, muitas vezes antes dos 2 anos de idade --definição muitas vezes rejeitada na vida adulta.
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Mais +

O mais é uma referência ao acolhimento a outras manifestações da sexualidade; a seguir, algumas delas
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Assexual

Os assexuais são aqueles indivíduo que não sentem atração sexual, seja pelo sexo oposto ou mesmo sexo. O que não significa que assexuais não possam desenvolver sentimentos amorosos e afetivos por outras pessoas.
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Pansexuais

A pansexualidade é uma orientação sexual, assim como a hetero ou a homossexualidade, que rejeita a noção de dois gêneros e até de orientação sexual específica. O prefixo pan vem do grego e se traduz como "tudo", o que significa que as pessoas pansexuais podem desenvolver atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico.
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Não-binários

São as pessoas que não se sentem em conformidade com o sistema binário homem/mulher. Esse grupo de pessoas abarca a androgenia, a neutralidade de gênero e as identidades que se definem para além ou sem qualquer referência ao sistema binário de gênero (homem/mulher).
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Crossdressers

Crossdresser é um termo recente, usado para se referir a homens heterossexuais que não são transexuais, mas, apesar de vivenciarem diferentes papéis de gênero, sentem prazer ao se vestirem como mulheres e sentem-se pertencentes ao gênero que lhes foi atribuído ao nascimento e não se consideram travestis.
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Publicado em 20 de junho de 2020.
Fontes: Manual de Comunicação LGBTI (www.grupodignidade.org.br) Orientações sobre Identidade de Gênero: Conceitos e Termos (www.diversidadesexual.com.br) Agradecimentos especiais às professoras Bruna Irineu, da UFMT, e Jaqueline Jesus, pesquisadora transfeminista