7 obras que nos fazem pensar na luta das mulheres no MASP

"Histórias feministas: artistas depois de 2000" ocupa dois andares principais do MASP com fotos, serigrafias, pinturas de mulheres questionadoras. Nós fizemos um apanhado do que você poderá ver até dia 17 de novembro.

Arte/UOL
"Brazil" de Santarosa Barreto, é uma das obras mais "instagramáveis". A frase é conhecida das brasileiras: os gringos costumam dizer para erotizar o corpo feminino. É como se toda brasileira estivesse "disponível", preconceito que mulheres tentam derrubar diariamente.
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O "Vestido de noiva", da Daspu, impacta: feito com lençóis de motéis de zona de prostituição, ele quer dar voz às profissionais do sexo. E assim, misturar a pureza do vestido branco com tecidos cheio de história sexual.
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Outra obra com tecidos é a "Mujeres en mi" (Mulheres em mim), de Carolina Caycedo. Bordados, nomes de familiares, amigas dela, além de artistas latinas contemporâneas e do passado que carregam o poder de ativistas comunitárias em questões ambientais.
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O facão já tinha se tornado um símbolo da luta indígena em 1989, quando Tuíra Kaipó encosta o objeto no rosto do então presidente da Eletronorte, em Altamira (Pará), em discussão para construção da hidrelétrica do Xingu.
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30 anos depois, em "Resistência", a arma é protagonista. Aqui, são retratados em fotografias os facões dos familiares de Sallisa Rosa, que tem ascendência indígena. O instrumento simboliza a defesa e o movimento de abrir trilhas.
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Abrir trincheiras, aliás, é a abordagem de "Guerrilheiras", de Virgínia de Medeiros. São fotos de doze moradoras da Ocupação Hotel Cambridge, em São Paulo, ao lado de elementos de trabalho. Mulheres potentes e em alerta, sempre.
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Atentas, mesmo porque não é difícil alguém tentar ensinar mulheres a protestarem: é o que denuncia "A Luta", de Santarosa Barreto. A primeira frase "Lute a luta como você acha que deve lutar", inspiradora, é seguida de mensagens que desqualificam a militância feminina que, na verdade, deve ser sempre livre.
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No fim, se sai da exposição com uma sensação de alegria, como o colorido de "Staying with the trouble", das alemãs Kaj Osteroth & Lydia Hamann. Mulheres que batalham, sim. Mas que podem ainda mais, vivendo cercadas de afetos.
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Reportagem
Nathália Geraldo
Júlia Flores

Arte
Deborah Faleiros

Edição
Luciana Bugni

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