Paridade

Como as mulheres islandesas aumentaram a presença feminina na política

A Islândia é o país onde se verifica a maior igualdade entre homens e mulheres de acordo com o Índice Global de Desigualdade de Gênero formulado pelo Fórum Econômico Mundial. Recentemente a nação elegeu 47% de mulheres para o próximo parlamento reforçando sua posição de vanguarda em relação ao tema.
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Foram 30 mulheres eleitas dentre as 63 cadeiras em disputa. A contagem inicial trouxe a expectativa de que as mulheres seriam maioria, 33, mas a revisão dos números determinou o percentual de 47% de participação feminina. Não há cotas para a representação no Legislativo.
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Movimentos pelos direitos das mulheres associados a lutas de grupos feministas pavimentaram o caminho alcançado atualmente pelo país. Cotas de gêneros, licença-paternidade e proteção social às mulheres foram algumas das pautas conquistas ao longo da história.
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A greve geral de 1975 apoiada por 90% das islandesas que se recusaram a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia é considerada um marco para as conquistas em relação às demandas das mulheres. O movimento se repetiu em outros anos, o mais recente deles em 2016.
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Desde 2018, a Islândia determinou equiparação de salários entre homens e mulheres. A diferença para outros países que também possuem essa legislação é o fato de o empregador, seja público ou privado, ter que comprovar através de um certificado o cumprimento da medida.
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Há pelo menos uma década o país investe em estudos de gênero na maioria das escolas. O currículo apresentado aos estudantes tem por objetivo discutir sob viés crítico as formas de discriminações enfrentadas pelas mulheres nos mais diversos segmentos da vida social.
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Desde 1980 com a eleição de Vigdis Finnbogadottir (foto), a primeira presidenta eleita no mundo, os islandeses estão habituados a verem mulheres à frente da nação. A atual primeira ministra Katrín Jakobsdóttir teve atuação destacada durante a pandemia adotando medidas apoiadas pela ciência.
Universidade Nacional da Islândia/Divulgação

Quase uma década

Por essas e outras razões já vão nove anos que a Islândia lidera os índices que medem a igualdade de gênero entre os cidadãos. A participação econômica, o acesso à educação, saúde e a presença nos espaços políticos estão entre os fatores analisados pelo estudo.
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Distância para o Brasil

Os milhares de quilômetros que separam os dois países condizem com a da diferença quando o assunto é igualdade entre homens e mulheres.

"É uma grande referência, as mulheres participam da política há muitos anos e isso molda a cultura do país", destaca a jornalista Aline Boueri, especialista em gênero.

A Islândia lidera o ranking internacional.
O Brasil aparece em 92º.

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Publicado em 30 de setembro de 2021.
Texto: Murilo Matias; Edição: Clarice Cardoso.
Com agências de notícias.

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