Com o sonho de formar uma família, o empresário Tauã Fernandez buscou a adoção e a barriga solidária da mãe para realizar o desejo de ter filho junto com o seu marido, o psiquiatra Rafael Silva.
Porém, o procedimento não deu certo. Na primeira situação, eles acharam o processo de adoção cansativo e burocrático.
Na segunda, as duas fertilizações in vitro da mãe de Tauã não tiveram sucesso, gerando uma enorme tristeza e frustração para todos.
Bruna Alves, diretora da Tammuz Brasil, agência que presta este tipo de serviço, explica que a primeira etapa é entender a história e a necessidade da pessoa ou família.
A barriga de aluguel pode ser feita com os óvulos e sêmen do próprio indivíduo/casal ou a partir de um banco de dados internacional com o perfil de doadores.
Durante o processo de Tauã e o marido, as fertilizações in vitro com os quatro embriões da primeira doadora de óvulos e o sêmen de Rafael não deram certo.
Eles foram aconselhados a tentar uma outra doadora e uma outra gestante por substituição.
De acordo com a diretora da agência, a doadora de óvulos nunca é a mesma pessoa que será a gestante por substituição.
Doadoras não podem ter nenhuma condição genética que possam trazer malefícios para a saúde do bebê, por isso elas passam por uma varredura nos genes.
Já as candidatas a gestantes por substituição precisam ter sido mãe ao menos uma vez e os partos anteriores precisam ter sido saudáveis. Elas também são submetidas a exames físicos e psicológicos.
Na parte contratual, são assinados dois contratos, um com a agência referente aos serviços e custos pela intermediação.
O outro é entre a família e a gestante por substituição, que é reconhecido pela lei local do país onde a barriga de aluguel será realizada.
Com barriga de aluguel, Rodrigo viu chance de construir sua família
Apesar de a prática não ser aceita no Brasil, o país não veda os registros dos bebês nascidos por barriga de aluguel no exterior.
Porém, desde que sejam feitos em países em que a legislação permite o procedimento.