"Força, coragem..."

Fotógrafas contam o que aprenderam registrando partos

Por Ana Bardella

Um trabalho gratificante, mas imprevisível: é assim que as fotógrafas de parto resumem sua profissão. O serviço requer discrição e paciência. São noites em estado de alerta ao lado do celular para o caso de alguma cliente entrar em trabalho de parto. Quando o nascimento se aproxima, é preciso estar a postos para registrar, de forma sensível, um momento que ficará marcado na história da família.
Bia Takata
"Cada família tem sua história", diz Hanna Rocha.
Hanna Rocha
"É isso que torna o parto especial."
Hanna Rocha

Hanna Rocha

Ela tem 27 anos e trabalha com registros de partos há cinco. "Aprendi a treinar meu olhar para as particularidades. Um parto nunca é igual ao outro: as experiências variam de acordo com a trajetória de cada família."
Acervo pessoal
"Aprendo sobre tempo, limites", resume Bia Takata.
Bia Takata
"Força, fé e resiliência."
Bia Takata

Bia Takata

"Na troca com as famílias, aprendo também sobre mim: é como se me renovasse a cada vida que presencio chegando ao mundo." Bia mora em São Paulo, tem 33 anos e trabalha como doula e fotógrafa de partos humanizados há nove.
Acervo pessoal
"É honrar a força das mulheres", afirma Lela Beltrão.
Lela Beltrão
"Um exercício de empatia."
Lela Beltrão

Lela Beltrão

"Fotografar partos é testemunhar o poder das mulheres. É um exercício de respeito à força feminina." Ela tem 40 anos, é de São Paulo, trabalha há 20 como fotógrafa e está há cinco acompanhando nascimentos.
Acervo pessoal
"Gosto de criar memórias", afirma Daniela Justus.
Daniela Justus
"É maravilhoso, gratificante."
Daniela Justus

Daniela Justus

"Só pode ter essa profissão quem é apaixonado, pois exige comprometimento. Aprendi que não se pode prever nada: na vida temos que sempre estar abertos às surpresas." Daniela é do Rio de Janeiro, tem 44 anos e trabalha no ramo há 13.
Acervo pessoal
"Abri mão do controle", conta Marcia Kohatsu.
Marcia Kohatsu
"Aprendi a confiar na vida."
Marcia Kohatsu

Marcia Kohatsu

"Volta e meia, os acontecimentos fogem do nosso controle. Aprendi a confiar e seguir em frente: não adianta achar que se tem as rédeas sobre as situações. Isso é só uma falsa impressão de segurança." Ela é de Curitiba, tem 34 anos e trabalha no ramo há seis.
Acervo pessoal
Publicado em 22 de janeiro de 2020.
Reportagem: Ana Bardella; Edição: Cláudia de Castro Lima