Samba, reencontros marcantes e coroação de Liniker encerram Doce Maravilha

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O Doce Maravilha fechou suas portas neste fim de semana no Rio com a sensação de missão cumprida. Em um mês onde a cena musical brasileira ganhou destaque após a baixa de shows internacionais no The Town, o festival carioca fez questão de ressaltar a força do "Produto Interno Bruto" da nossa música.
Como foi
O último dia (28), em especial, foi uma celebração vibrante que mesclou reverência à história, poder de fogo do pop atual e reencontros que fizeram a plateia vibrar.
Liniker: a coroação no palco do pop

A cereja do bolo e um dos shows mais aguardados, Liniker entregou uma performance de coroação. Levando o público à recriação ao vivo do aclamado álbum "Caju" (o melhor do pop em 2024 e recordista de indicações ao Grammy 2025), a cantora não estava sozinha. Ela soprou as velinhas ao lado de todos os seus convidados: BaianaSystem, Melly, Priscila Senna, Lulu Santos e Pabllo Vittar.

Com seus recém-completos 30 anos, Liniker mostrou-se plena, incendiária e feliz, confirmando seu lugar no panteão do pop brasileiro com uma mestria e leveza que explicam seu estrondoso sucesso. Houve espaço até pra lançar "Charme", música nova.

Martinho, Alcione e Zeca: cadenciamento da história

O que é o samba no Brasil? A resposta veio em forma de trio de ouro: Martinho, Alcione e Zeca Pagodinho deram ao público o melhor do gênero. Com mais de 40 anos de estrada e muita música feita em conjunto, a cadên§cia e o repertório passearam pelo que de melhor foi composto pelos artistas que, juntos, ajudaram a formar o ritmo. A ousadia fica por conta da sugestão: uma turnê dos três não seria nada mal.

Delacruz: tributo a Marcinho e funk melody
Se o tema era amor, Delacruz assumiu a missão de homenagear o legado de Marcinho. O "último romântico do rap" misturou seus hits —'Seu Jogo', 'Tudo Aconteceu' e músicas do álbum 'Vinho'— com o funk melody.

Junto da Nova Orquestra e de Mareé (filha de Marcinho), Delacruz passeou pelas ondas que fizeram o gênero ser o que é. O público cantou todas as músicas, consagrando o show como um dos melhores de toda a edição.

Nando Reis e Samuel Rosa: hitmakers
Amigos de mais de três décadas, Nando Reis e Samuel Rosa subiram ao palco e provaram que, quando juntos, o gol é certo. Pelo setlist, clássicos como Resposta e Dois Rios, além de sucessos das carreiras solo, embalaram a plateia. Um encontro de hitmakers que faz valer o ingresso.

Jards Macalé: orixá e releitura de 1972
Um orixá vivo da música brasileira, Jards Macalé, aos 82 anos, refez o álbum seminal de 1972. Sem vestígios de Mal Secreto, o músico, acompanhado de um potente power trio (Thomas Harres, Gui Held e Pedro Dantas), mostrou a nova geração os motivos pelos quais aquele disco permanece um corte na música brasileira e que perpassa gerações.
Pretinho da Serrinha e Paulinho Moska: em casa
Cria da Serrinha e forjado pelo próprio Jockey com seu projeto "Samba do Pretinho", Pretinho da Serrinha estava em casa. Abrindo a roda, ele passeou pelos grandes sucessos do samba. Um dos nomes mais requisitados na música atual por seus arranjos e produções, Pretinho recebeu Paulinho Moska no palco para celebrar o encontro e reverenciar os 30 anos de carreira do amigo. O público pediu bis.

Biltre e reconexão com 'Bananobikenologia'
A banda Biltre reconectou-se com o disco que marcou sua trajetória, "Bananobikenologia", apresentando o show da versão deluxe recém-lançada. Mesmo sem lançar material desde 2022, a banda já tem um novo trabalho preparado para 2025.

Melly e Rashid: troca de gerações
A jovem em ascensão Melly convidou Rashid para dividir o palco. A parceria rendeu uma boa performance, num encontro que reiterou a saudável troca entre diferentes gerações e ritmos da música brasileira.























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