Do Chile à Bulgária: Gop Tun Festival desenha um 'mapa-múndi de DJs' em SP

Do Chile à Bulgária, passando por Estados Unidos, Síria, Argentina, Suécia, Escócia, Holanda, Austrália, Alemanha, Inglaterra, Espanha e, claro, Brasil.

A escalação do Gop Tun Festival é um atlas mundial com DJs de diversos países espalhados pelo planeta. Na ordem do parágrafo acima, o evento terá artistas como Valesuchi, Kink, Avalon Emerson, Omar Souleyman, Franzizca, Olof Dreijer, Hudson Mohawke, Job Jobse, Partiboi69, Anacalypto, Ben UFO e Héctor Oaks, além de brasileiros como Cashu, Eli Iwasa, Carlos do Complexo, Omoloko e vários outros nomes.

Coletivo musical, núcleo de festa e selo, a Gop Tun foi fundada em 2012 e realiza a quarta edição do seu festival — pela primeira vez, em dois dias. O evento será realizado no estádio do Canindé, em São Paulo, em 19 e 20 de abril. Quatro palcos vão acomodar todos os DJs e produtores.

Gop Tun Festival na edição de 2022
Gop Tun Festival na edição de 2022 Imagem: Divulgação

Metade do The Knife

Entre todos os nomes que estarão presentes, um dos destaques será Olof Dreijer. Produtor e DJ, ele é (ou era) uma das metades do The Knife ao lado da irmã, Karin.

A dupla lançou quatro discos (dois deles, "Deep Cuts", de 2003, e "Silent Shouts", de 2006, são pérolas feitas por meio de sintetizadores viajantes e batidas hipnóticas que embalam o vocal cativante de Karin).

Enquanto ela seguiu carreira sob o apelido Fever Ray, Olof viajou pelo mundo produzindo gente diversa (como a inglesa Planningtorock e a tunisiana Houeida Hedfi). Nesse tempo, conheceu a namorada brasileira e morou dois meses entre o Rio de Janeiro e São Paulo, no início de 2024.

Ele também passou pela Alemanha, em que se aprofundou em uma de suas paixões, o techno.

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"Eu amo techno e house, cresci ouvindo essas coisas. Mas gosto de criar algo diferente, com mais emoção", conta Olof.

"Em Berlim, eu ia bastante ao (clube) Berghain. As músicas techno muitas vezes podem soar iguais o tempo todo, num tom meio cinza. Gosto de dar uma cor às minhas faixas, com alguma melodia e emoção."

Em seus sets, Olof costuma tocar ritmos bem distintos entre si. "Tento construir uma jornada que passa por diferentes estilos. Começo com uma batida (estilo bem dançando desenvolvido em Portugal que tem raízes em Angola) e posso incluir algumas coisas brasileiras. Depois entram house de Chicago e produções minhas, incluindo algumas que nem lancei."

Para entender qual é a música que faz a cabeça de Olof, vale ouvir seus dois mais recentes lançamentos: "Rosa Rugosa" e "Coral", que têm arranjos intrincados e não se prendem a um único gênero.

Essa liberdade com que ele encara a música eletrônica pode ter sido gestada quando ainda era criança: "Quando era pequeno, aprendi a tocar jazz no saxofone. Na Suécia, temos a possibilidade de aprender um instrumento nas escolas públicas. Escolhi o saxofone. O jazz nos traz uma liberdade que acho que me acompanha até hoje".

No ano que vem, ele promete lançar o primeiro disco solo. E o The Knife, tem chance de voltar? "Não sei, vamos ver no futuro."

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Serviço:

GOP TUN FESTIVAL

Quando: dias 19 (das 15h à 1h) e 20 (das 15h às 5h) de abril
Onde: estádio do Canindé (rua Comendador Nestor Pereira, 33, São Paulo)
Quanto: a partir de R$ 190
Ingressos à venda pelo site da Ingresse: https://www.ingresse.com/goptunfestival2025/

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