Homenageando Alcione, samba com Ferrugem e Criolo é levado ao topo no Ibira

Pontualmente, Ferrugem foi anunciado no palco do Tim Music SP, no segundo e último dia do festival gratuito no Parque Ibirapuera, neste domingo (13), em São Paulo.
Como foi o show
O artista abriu sua apresentação com energia, cantando "Interessante", faixa de seu álbum homônimo lançado em 2023. Na sequência, também do mesmo álbum, veio "Me Perdoa", uma parceria com Iza —convidada de Ivete nesta mesma noite. Durante a performance, Ferrugem pediu para a plateia, ainda tímida, cantar mais alto. Foi prontamente atendido.
"Simbora, São Paulo! Até que enfim!", exclamou do palco. A declaração deu o tom para a execução de "Até Que Enfim", música de 2019, parte do álbum "Chão de Estrelas".

Seu repertório transbordou sucessos, incluindo "Tristinha", "Tentei Ser Incrível" e "Paciência". Todas marcadas pela sua inconfundível pegada de pagodeiro. Entre os destaques, "Me Bloqueia", sua segunda faixa mais popular atualmente no Spotify.
Com cerca de 30 minutos de apresentação, Criolo foi chamado ao palco. "Fica à vontade, bem-vindo", disse Ferrugem ao recebê-lo.

Você fez o seu caminho, e o pagode é exigente. O samba é exigente... São Paulo, de uma forma bem elegante, vai te abraçar, vai te beijar. Seja muito bem-vindo. Criolo, em saudação a Ferrugem
O rapper então deu início ao bloco de samba do show, começando por "Retalhos de Cetim", de Benito di Paula. Foi a abertura de um dos momentos mais marcantes da celebração à música brasileira e seus artistas.
Em seguida, durante a execução de "Samba Maloca", de Adoniran Barbosa, Ferrugem compartilhou uma lembrança especial: "Minha vozinha cantava muito essa pra mim".
"Quando você escuta cavaquinho, tá escutando o Brasil. O violão, o tambor, é som do Brasil. Que coisa gostosa!", destacou Criolo, emocionado. Ele também relembrou a conexão pessoal que os dois artistas já tinham, confessando: "A gente já tava conectado de maneira pessoal. Faltava isso [um show juntos]".

"A música preta brasileira é o que sustenta essa indústria", frisou Criolo ao agradecer o festival. Aproveitou para incentivar o público a buscar rodas de samba em suas comunidades e valorizar os artistas locais.
O show trouxe ainda sucessos como "Desde que o Samba é Samba", de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e "Não Deixe o Samba Morrer", de Alcione. Fazendo uma homenagem especial à diva do samba, Criolo declarou: "Alô, Alcione, a gente ama você. Vamos cantar até Alcione escutar! Isso é uma homenagem em vida à maravilhosa Alcione", buscando empolgar ainda mais o público.
Já sozinho no palco, Ferrugem apresentou sua versão de "Evidências", de Chitãozinho & Xororó. Em seguida, interpretou "Depois do Prazer", do grupo Só pra Contrariar, e outro clássico de Alcione: "Você Me Vira a Cabeça (Me Tira do Sério)".

Com um efusivo "Viva Alcione!", Ferrugem seguiu para o encerramento com suas próprias músicas. Entre os destaques, "Apaguei pra Todos", uma colaboração com Sorriso Maroto e atualmente sua faixa mais popular no Spotify.
O público, formado em grande parte por fãs de Ivete Sangalo, já estava mais aquecido, cantando junto e balançando os braços. Sob aplausos e gritos, Ferrugem concluiu sua apresentação após pouco mais de 1 hora e 25 minutos.
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