'Aquece o meu coração': Silvanny Sivuca e o trabalho na ONG Instituto Alana

Silvanny Sivuca, multi-instrumentista, cantora e produtora musical, possui diversos projetos, como o Instituto Alana, onde usa há 18 anos, a música como ferramenta de educação e autoconhecimento aos jovens do Jardim Pantanal, em Guarulhos, São Paulo. Em entrevista aos apresentadores Zé Luiz e Bebé Salvego, no programa No Tom, do UOL, Silvanny Sivuca conta como tudo começou.

A percussionista contou que inicialmente foi chamada para ser coordenadora de música e se apaixonou pelo projeto. "Eu falo que eu tenho tantos projetos que eu tô envolvida, mas a Banda Alana é o meu projeto que aquece o meu coração."

O Instituto Alana é uma organização não governamental que existe para poder transformar o mundo em um mundo melhor. Então, a gente quer um mundo mais justo, um mundo mais plural, um mundo mais igualitário. Silvanny Sivuca

Silvuca conta que passou a dar aula de música aos alunos da comunidade, que se identificaram e deram origem à Banda Alana. "O próprio Instituto Alana foi vendo que a gente estava fazendo uma transformação no bairro e dentro do projeto e eles nos escreveram na Lei Rouanet. Conseguimos captar a verba para comprar todos os equipamentos e poder fazer apresentações em lugares, escolas, espaços públicos, eventos que sejam ligados à cidadania."

Tem a musicalização infantil e tem a Banda Lana que já sabe tocar tudo, que faz os eventos. Já fizemos, poxa, milhares de eventos por aí. Minha vontade era mostrar que aquele lugar é uma potência de pessoa, tem muita potência. Silvanny Sivuca

Durante esses anos, ao menos 30 alunos ingressaram na carreira musical, mas Sivuca pondera. "Nosso projeto, ele não é para fazer eles virarem músicos. A música é só uma consequência. A gente usa a música como ferramenta de educação."

'Resgate à cultura do samba'

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No papo, a cantora contou como funciona o projeto de samba voltado para mulheres, que estreou no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá. "É um projeto que eu tô voltando as minhas raízes. Tem muita mulher nessa roda. Tem muita, muito resgate à cultura do samba."

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Então a gente vai para a segunda edição agora em março, em uma homenagem para as mulheres, no dia 8 de março. Tenho como convidada a Paula Lima. Então, a gente vai homenagear Clara Nunes, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra e Leci Brandão. Silvanny Sivuca

'Virou minha paixão'

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Durante a entrevista, Sivuca conta como entrou no universo carnavalesco. "O Carnaval entrou na minha vida de uma maneira muito bonita. Eu desfilei numa escola de samba, que foi a Mocidade Alegre, nas alas das crianças e eu fiquei apaixonada por aquilo, pela bateria, por todo aquele movimento de pessoas tocando. E virou minha paixão."

Sivuca influenciou um dos maiores blocos de rua carioca, o Bangalafumenga - que também desfila em São Paulo, e criou, junto ao Instituto Alana, o Me Lembra que eu Vou, em São Paulo. "Eu fui dar uma consultoria para BangalaFumenga sobre como fazer as oficinas, em parceria com a Banda Alana, e o José Curi, meu pai postiço, se apaixonou pelo projeto Alana."

No Tom

No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com a cantora Silvanny Sivuca:

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