'Virou minha paixão': Silvanny Sivuca influenciou Carnaval do Rio e de SP

Com um repertório que transita entre clássicos e releituras, a cantora, percussionista e produtora musical, Silvanny Sivuca, vencedora dos Prêmios WME Awards, em 2021, e o Potências, em 2022, como melhor instrumentista do ano, também tem influência no Carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Durante conversa com Zé Luiz e Bebé Salvego, no programa No Tom, do UOL, Silvanny Sivuca conta como entrou no universo carnavalesco. "O Carnaval entrou na minha vida de uma maneira muito bonita. Eu desfilei numa escola de samba, que foi a Mocidade Alegre, nas alas das crianças, e eu fiquei apaixonada por aquilo, pela bateria, por todo aquele movimento de pessoas tocando. E virou minha paixão."

Sivuca influenciou um dos maiores blocos de rua carioca, o Bangalafumenga —que também desfila em São Paulo, e criou, junto ao Instituto Alana, o Me Lembra que Eu Vou, em São Paulo. "Eu fui dar uma consultoria para Bangalafumenga sobre como fazer as oficinas, em parceria com a Banda Alana, e o José Curi, meu pai postiço, se apaixonou pelo projeto Alana."

A produtora musical disse que, junto com Curi, criou o bloco Me Lembra que Eu Vou, com os músicos da Alana. "O bloco só existe por causa da Banda Alana. Porque a gente, através da Banda Alana, traz meninos para o bloco para poder inclusive ter essa coisa da vivência, porque os meninos que estão lá no Jardim Pantanal, muitos nem saem de lá."

Não tem essa coisa de sair para cá para esse outro lado e aí também poder estar em contato com outras pessoas, poder conhecer outras pessoas. Então esse é um dos nossos maiores objetivos com o bloco. Silvanny Sivuca

A musicista explicou ainda a importância do bloco que virou um dos mais conhecidos do país. "Não só nosso bloco, mas todos os blocos de Carnaval de rua de São Paulo, acabam gerando uma economia muito grande."

A gente tem o cordeiro, tem a pessoa que vai entregar água. Isso falando só dentro do bloco, tá? Não estou falando do lado de fora, porque do lado de fora a gente também acaba ajudando essas pessoas. Silvanny Sivuca

'Resgate à cultura do samba'

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No papo, a cantora contou como funciona o projeto de samba voltado para mulheres, que estreou no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá. "É um projeto que eu tô voltando a minhas raízes. Tem muita mulher nessa roda. Tem muita, muito resgate à cultura do samba."

Então a gente vai para a segunda edição agora em março, em uma homenagem para as mulheres, no dia 8. Tenho como convidada a Paula Lima. Então, a gente vai homenagear Clara Nunes, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra e Leci Brandão. Silvanny Sivuca

'Aquece o meu coração'

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No papo, a percussionista contou que inicialmente foi chamada para ser coordenadora de música e se apaixonou pelo Instituto Alana. "Eu falo que eu tenho tantos projetos que eu tô envolvida, mas a Banda Alana é o meu projeto que aquece o meu coração."

O Instituto Alana é uma organização não governamental que existe para transformar o mundo em um mundo melhor. Então, a gente quer um mundo mais justo, um mundo mais plural, um mundo mais igualitário. Silvanny Sivuca

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No Tom

No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com a cantora Silvanny Sivuca:

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