'Resgate à cultura do samba': Silvanny Sivuca explica a Roda da Mestra
A percussionista, cantora e produtora musical Silvanny Sivuca possui um repertório que transita entre clássicos da MPB e releituras de grandes compositores, sempre com uma abordagem carregada de identidade. Com a bagagem que conquistou ao longo da carreira em parceria com diversos artistas, como Liniker, Emicida e outros, não seria diferente ao comandar o seu novo projeto, o Roda da Mestra.
Durante conversa com Zé Luiz e Bebé Salvego, no programa No Tom, do UOL, Silvanny Sivuca contou como funciona o projeto de samba voltado para mulheres, que estreou no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá. "É um projeto que eu tô voltando a minhas raízes. Tem muita mulher nessa roda. Tem muito, muito resgate à cultura do samba."
Então a gente vai para a segunda edição agora em março, em uma homenagem para as mulheres, no dia 8 de março. Tenho como convidada a Paula Lima. Então, a gente vai homenagear Clara Nunes, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra e Leci Brandão. Silvanny Sivuca
Sivuquinha, como gosta de ser chamada, disse ainda a importância que o samba tem de unir as pessoas. "É uma coisa que, tanto eu, quanto o J. Antônio, que é meu sócio, a gente preza muito para mostrar e levar o samba para outro lugar também. A nossa preocupação maior com a roda é unir os povos."
Não é só ir lá e ouvir o samba, não, você vai ter uma experiência. E é isso que a gente tá propondo com a Roda da Mestra. Então, a nossa ideia é ter pelo menos uma edição por mês, homenageando algumas pessoas. Silvanny Sivuca
'Aquece o meu coração'
No papo, a percussionista contou que inicialmente foi chamada para ser coordenadora de música e se apaixonou pelo Instituto Alana. "Eu falo que eu tenho tantos projetos que eu tô envolvida, mas a Banda Alana é o meu projeto que aquece o meu coração."
O Instituto Alana é uma organização não governamental que existe para poder transformar o mundo em um mundo melhor. Então, a gente quer um mundo mais justo, um mundo mais plural, um mundo mais igualitário. Silvanny Sivuca
'Virou minha paixão'
Durante a entrevista, Sivuca conta como entrou no universo carnavalesco. "O Carnaval entrou na minha vida de uma maneira muito bonita. Eu desfilei numa escola de samba, que foi a Mocidade Alegre, nas alas das crianças e eu fiquei apaixonada por aquilo, pela bateria, por todo aquele movimento de pessoas tocando. E virou minha paixão."
Sivuca influenciou um dos maiores blocos de rua carioca, o Bangalafumenga —que também desfila em São Paulo—, e criou, junto ao Instituto Alana, o Me Lembra que Eu Vou, em São Paulo. "Eu fui dar uma consultoria para Bangalafumenga sobre como fazer as oficinas, em parceria com a Banda Alana, e o José Curi, meu pai postiço, se apaixonou pelo projeto Alana."
No Tom
No novo programa de Toca, Zé Luiz e Bebé Salvego entrevistam artistas de diferentes vertentes num papo cheio de revelações, lembranças e muito amor pela música. Assista ao programa completo com a cantora Silvanny Sivuca:
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