Gaby Amarantos lança single com Zaynara: 'A música do Pará é uma mulher'

Dona Onete. Fafá de Belém. Joelma. Viviane Batidão. Keila. Zaynara. Do carimbó à MPB, do tecnobrega à guitarrada, do melody ao calypso, Gaby Amarantos não erra quando crava: "A música do Pará é uma mulher".
E é essa potência feminina do Norte que Gaby exalta em seu primeiro single de 2025, "Mulher da Amazônia". Lançada hoje em todas as plataformas de streaming, a faixa traz Gaby acompanhada de Zaynara, promessa que já se tornou realidade da novíssima geração da música paraense.
As duas já haviam se encontrado em shows - como no Rock in Rio de 2024, quando Gaby tocou no Palco Mundo e Zaynara no Palco Supernova. Dividir os microfones era questão de oportunidade - que surgiu enquanto Gaby compunha o single.
"Foi o primeiro nome que me veio à cabeça e ela topou na hora", diz, em entrevista ao TOCA, junto com Zaynara. A colega não deixa por menos: "É uma honra poder exaltar e reverenciar a beleza da mulher da Amazônia junto de uma artista que é referência".
Outra referência trouxe a inspiração para "Mulher da Amazônia": Gilberto Gil e sua "Toda Menina Baiana", clássico do disco "Realce" (1979). Só que com outro olhar — e um bom punhado de açaí.
"A música fala que 'toda menina baiana tem um santo', mas toda menina paraense também tem", comenta Gaby. "E a gente queria poder falar dessa linguagem, mas do ponto de vista feminino. Essa é a diferença dessa música. Por eu ser mulher, a gente fala dessa beleza, de englobar toda essa beleza dessa mulher potente do Norte, da Amazônia".
Zaynara faz coro: "É uma forma de agradecer a todas as outras mulheres que vieram antes de nós e abriram caminhos para a gente como artista".

Alma africana com sotaque paraense
Para deixar a homenagem ainda mais especial, Gaby trouxe o amapiano, gênero musical africano que conheceu durante uma viagem para Guiné-Bissau em 2017. Desde então, a cantora vinha estudando o ritmo e aguardando uma oportunidade para trabalhar com ele - misturado, claro, com o sotaque paraense.
"A gente pegou a base do amapiano e deu uma mergulhada no tucupi. Botou uma guitarrinha de guitarrada, botou um tamborzinho de carimbó e aí criou um negócio novo, mas que é muito global", explica.
Seria esse o caminho musical do próximo disco de Gaby Amarantos? Ela diz que tem "cinco discos no forno", mas que ainda está estudando a melhor forma de lançar o sucessor de "TecnoShow" (2022).
"Eu estou com muita vontade de lançar um álbum e o mercado está me pedindo isso", afirma a mulher da Amazônia.
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