'Nada a ver com política': Kevin O Chris defende funk para 'se divertir'

Kevin O Chris, 27, alcança as paradas de sucesso brasileiras desde 2019, mas, nos últimos anos, também tem conseguido levar o funk para fora do Brasil. "Não tem receita. É fazer as nossas composições, com as letras certas, mas quem escolhe se vai virar hit é o público".

O que ele contou

Dono do hit "Tá Ok", faixa que ganhou remix e projeção internacional com Karol G e Maluma, ele ajuda a exportar o funk para outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa. "A gente vai lá para fora cantar para o público e matar a saudade do público. Quando chega nos gringos, a gente fica feliz também."

Questionado por Toca se exportar o funk é um ato político, ele afirma que o trabalho "não tem nada a ver com política". "A política tá uma merda. Quando a gente grava uma música ou faz show, o nosso funk é para a galera se divertir e dançar."

Fico muito feliz. É uma sensação de dever cumprido, né? A gente que vem da periferia, a gente luta tanto para mudar o quadro de vida da nossa família e, através do funk, eu consegui. E não tem nada a ver com política, não, é para dançar mesmo e que se f*da. Kevin O Chris

O funkeiro Kevin o Chris em apresentação no Universo Spanta 2025
O funkeiro Kevin o Chris em apresentação no Universo Spanta 2025 Imagem: Ruano Carneiro/Divulgação

Universo Spanta, 2025 e o tamborzão

Kevin O Chris conversou com TOCA antes de subir ao palco do Universo Spanta, no Rio, no fim de semana, e apresentar seus maiores sucessos. O show contou com os hits "Faz um Vuk Vuk", "Sua Preferida", "Ela É do Tipo" e "Vamos pra Gaiola". Também cantou "Dessa Vez", clássico de MC Sabrina regravado recentemente por ele.

O funkeiro, conhecido pelo 150 BPM, também gosta de explorar o som do tamborzão. "O público do Rio de Janeiro vai ficar muito feliz comigo em 2025 porque vou trazer muito tamborzão, na pegada dos bailes de favela. Meus fãs do Rio de Janeiro vão ficar muito felizes."

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O tamborzão foi uma batida consagrada pelo funk carioca no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. "A gente vai juntar tudo do passado e trazer para o tambor da atualidade. Dá uma misturada e ver o que acontece."

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