'É subversivo': filme retrata cena roqueira em Goiânia, terra do sertanejo

A história de uma das cenas musicais independentes mais pulsantes do Brasil dá o tom de "Goiânia Rock City", dirigido por Théo Farah. O documentário tem estreia na próxima sexta-feira (24), às 21 horas, no Cine Ritz, no Centro da cidade, em sessão única, e mostra a vibrante cena musical da cidade, desde os anos 2000, considerada a "época de ouro" do rock goiano.

"Falar de rock numa terra historicamente dominada pelo sertanejo é muito difícil e, até certo, ponto subversivo", aponta Théo Farah.

Os 27 entrevistados do filme ajudam a recriar um período efervescente da capital, abordando o surgimento das bandas mais importantes da época, dos espaços culturais, dos festivais e selos musicais que ajudaram na consolidação da cena rock local.

"Sempre me incomodou o fato deste período não ter sido abordado de maneira mais completa em nenhuma produção local" comenta o diretor, que tinha um esboço do roteiro engavetado desde 2014.

Momentos históricos são relembrados ao longo do filme, como o Rock Pelo Niemeyer, movimento encabeçado por Pablo Kossa, e o fatídico dia do rock na Pecuária de Goiânia, evento que reuniu bandas de rock independente para tocar no palco principal da maior festa agropecuária do país.

Cena de "Goiânia Rock City"
Cena de "Goiânia Rock City" Imagem: Divulgação

Outro destaque na história é o Centro Cultural Martim Cererê, um dos espaços mais emblemáticos e atuantes da capital goiana. Festivais como Vaca Amarela, Goiânia Noise e Bananada tem suas raízes no Cererê. Entre os entrevistados também estão membros de bandas como Mechanics, MQN, Black Drawing Chalks, Hellbenders, Girlie Hell e a goianíssima Rollin Chamas.

Após a sessão especial, o filme deve integrar festivais voltados para documentários musicais.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.