'É subversivo': filme retrata cena roqueira em Goiânia, terra do sertanejo
Do TOCA
21/01/2025 16h59
A história de uma das cenas musicais independentes mais pulsantes do Brasil dá o tom de "Goiânia Rock City", dirigido por Théo Farah. O documentário tem estreia na próxima sexta-feira (24), às 21 horas, no Cine Ritz, no Centro da cidade, em sessão única, e mostra a vibrante cena musical da cidade, desde os anos 2000, considerada a "época de ouro" do rock goiano.
"Falar de rock numa terra historicamente dominada pelo sertanejo é muito difícil e, até certo, ponto subversivo", aponta Théo Farah.
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Os 27 entrevistados do filme ajudam a recriar um período efervescente da capital, abordando o surgimento das bandas mais importantes da época, dos espaços culturais, dos festivais e selos musicais que ajudaram na consolidação da cena rock local.
"Sempre me incomodou o fato deste período não ter sido abordado de maneira mais completa em nenhuma produção local" comenta o diretor, que tinha um esboço do roteiro engavetado desde 2014.
Momentos históricos são relembrados ao longo do filme, como o Rock Pelo Niemeyer, movimento encabeçado por Pablo Kossa, e o fatídico dia do rock na Pecuária de Goiânia, evento que reuniu bandas de rock independente para tocar no palco principal da maior festa agropecuária do país.
Outro destaque na história é o Centro Cultural Martim Cererê, um dos espaços mais emblemáticos e atuantes da capital goiana. Festivais como Vaca Amarela, Goiânia Noise e Bananada tem suas raízes no Cererê. Entre os entrevistados também estão membros de bandas como Mechanics, MQN, Black Drawing Chalks, Hellbenders, Girlie Hell e a goianíssima Rollin Chamas.
Após a sessão especial, o filme deve integrar festivais voltados para documentários musicais.