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"TJ tolera a tortura", desabafa viúva de jornalista morto pela ditadura

17/10/2018 15h40

A Justiça de São Paulo extinguiu nesta quarta-feira (17) o processo que havia condenado o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra ao pagamento de uma indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo Merlino. O entendimento da 13ª Câmara Extraordinária Cível, em sessão realizada no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), foi o de que o pleito da família da vítima prescreveu. Emocionada e amparada por amigos ao fim da audiência, a viúva do jornalista, Ângela Mendes Almeida --parte na ação, junto com a irmã da vítima, Regina Merlino--, avaliou que a sentença de hoje "representa uma derrota". "O que ficou hoje é que o TJ tolera a tortura", definiu. "O choque é geral, mas acho que o recado é este: 'Pode torturar, a tortura é livre'", desabafou.

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