França vai relançar app StopCovid para rastrear doentes e seus contatos
Os jornais franceses desta terça-feira (13) destacam o anúncio feito pelo primeiro-ministro, Jean Castex, sobre o lançamento, em 22 de outubro, de uma nova versão do aplicativo para celulares StopCovid. O objetivo é rastrear as pessoas contaminadas e os casos contatos, a fim de tentar frear a epidemia de Covid-19.
Os jornais franceses desta terça-feira (13) destacam o anúncio feito pelo primeiro-ministro, Jean Castex, sobre o lançamento, em 22 de outubro, de uma nova versão do aplicativo para celulares StopCovid. O objetivo é rastrear as pessoas contaminadas e os casos contatos, a fim de tentar frear a epidemia de Covid-19.
O Le Parisien informa que desde o lançamento dessa plataforma digital, em 2 de junho, apenas 2,6 milhões de franceses baixaram o aplicativo. Desses, 8.634 indicaram ter sido testados positivo para o coronavírus, o que permitiu enviar uma notificação a 493 pessoas que estiveram em contato com eles. É muito pouco, se comparado aos cerca de 20.000 franceses testados positivo por dia no país, de acordo com os números da semana passada.
O próprio primeiro-ministro admitiu que ele mesmo não havia feito uso do aplicativo, antes de ser questionado por jornalistas, em 24 de setembro. "Se quisermos que o programa funcione, ele deve ser mais interativo", desafiou Castex, sugerindo que o aplicativo contenha também informações sobre os gestos de barreira sanitária e a evolução da epidemia no território nacional.
Segundo o jornal Le Figaro, o primeiro-ministro já havia alertado inúmeras vezes sobre a ineficiência do aplicativo StopCovid. A reportagem revela que, a portas fechadas no Conselho de Defesa Sanitária, o presidente Emmanuel Macron pediu que a aplicação fosse revisada para render mais resultados. O diário diz que governo pensa, inclusive, em rebatizar o aplicativo antes de relançá-lo, para atrair mais usuários.
O jornal Libération ouviu epidemiologistas que apoiam a iniciativa. Eles dizem que o aplicativo francês é bem menos intrusivo do que o rastreamento feito na Coreia do Sul, por exemplo, feita a partir de dados de geolocalização, enquanto o StopCovid se baseia na detecção recíproca de aparelhos via Bluetooth.
Segundo o Libération, no entanto, o número de contas criadas no aplicativo francês é bem menor do que no seu equivalente britânico (que teve 15 milhões de downloads) ou o alemão (18 milhões de contas abertas).
Potencial pouco explorado
Enquanto os indicadores mostram que a epidemia continua a se degradar na França, o potencial do StopCovid ainda não foi totalmente explorado, segundo as autoridades. "Se vocês não querem usar o aplicativo todo o dia, eu peço, ao menos, que o façam quando forem a um bar ou a um local onde não consigam manter o distanciamento social", solicitou o ministro da Saúde, Olivier Véran.
Na França, um consórcio público-privado, liderado pelo Instituto Nacional de Investigação em Informática e Automação, dispõe de um "teto" mensal de gastos de cerca de ? 100.000 para o desenvolvimento do aplicativo, valor que deverá dobrar até o fim do mês, uma vez que foi lançado um concurso para a nomeação de um novo gestor para o projeto.
O governo francês também busca aliados para fazer essa mensagem chegar ao grande público. "Se as profissões médicas acreditam que o aplicativo é útil, elas devem dizer isso", sugeriu o secretária de Estado encarregado do digital, Cédric O.
O executivo francês ainda pretende contar com bares, restaurantes e outros "locais abertos ao público", para que "incentivem seus clientes a ativar o aplicativo". "Não teremos uma nova oportunidade. Se tivermos que relançar este aplicativo, não podemos errar", afirmou o governo.
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