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Avião Solar Impulse chega à China após 20 horas e meia de voo

Técnicos checam o avião Solar Impulse 2 após pouso no aeroporto internacional Chongqing Jiangbei, na China, completando a quinta etapa da primeira volta ao mundo de um avião alimentado apenas por energia solar - AP
Técnicos checam o avião Solar Impulse 2 após pouso no aeroporto internacional Chongqing Jiangbei, na China, completando a quinta etapa da primeira volta ao mundo de um avião alimentado apenas por energia solar Imagem: AP

30/03/2015 17h59

O avião Solar Impulse 2 aterrissou na China na madrugada desta terça-feira (horário local), completando a quinta etapa da primeira volta ao mundo de um avião alimentado apenas por energia solar.

Com o piloto Bertrand Piccard no comando, o avião de apenas um lugar pousou no aeroporto de Chongqing à 1h35 local de terça (14h35 de segunda-feira, horário de Brasília), após um voo de 20 horas e meia a partir de Mianmar.

Originalmente, o Solar Impulse deveria fazer apenas uma breve escala nesta cidade e continuar o voo para Nanquim -- cerca de 270 km de Xangai -- mas a parada foi prolongada devido ao mau tempo. Por isso o piloto deve aguardar até que o tempo melhore para retomar a viagem.

Piccard, um dos dois pilotos suíços do Solar Impulse 2, teve que enfrentar um frio extremo, com temperaturas abaixo de 20 graus no cockpit, assim como os altos picos das províncias de Yunnan e Sichuan na China.

Ele também sobrevoou uma área isolada da região na fronteira entre Mianmar e China, onde são registrados violentos combates entre os rebeldes chineses da maioria étnica kokang e o Exército birmanês.

O SI2, que saiu de Abu Dhabi em 9 de março, tem a intenção de viajar 35 mil quilômetros ao total movido apenas por energia solar. Esta volta ao mundo deve levar cinco meses, dos quais 25 dias são de voo efetivo, antes de retornar ao local de saída no final de junho ou início de julho.

Prevista para ser completada em 12 etapas, a volta ao redor do mundo é o resultado de 12 anos de pesquisa realizada por André Borschberg e Bertrand Piccard, que, além da parte científica, tentam transmitir uma mensagem política.