Com pressão para vetar Huawei, governo diz que 5G terá critério de 'soberania, segurança e custo'
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse na terça-feira, 15, que a adoção do 5G no Brasil obedecerá critérios de "soberania, segurança e custo". O governo brasileiro sofre pressões dos Estados Unidos para vetar a participação da chinesa Huawei na implantação das novas redes de 5G, cujo leilão de espectro ainda não tem data para ocorrer.
"Vamos avançar com a tecnologia 5G, levando em consideração a soberania do país, a segurança das informações e o custo dessa expansão. Esse trinômio é importante para todas as nossas decisões", afirmou o secretário, em participação no Painel Telebrasil 2020.
Costa avaliou que a transformação digital das empresas - impulsionada pela necessidade de trabalho remoto durante a pandemia - exigirá o aumento dos investimentos das empresas de telecomunicações nos próximos anos.
O secretário destacou a aprovação do novo marco das telecomunicações e a regulamentação da lei de antenas pelo governo de Jair Bolsonaro. "Isso vai destravar bilhões de reais em investimentos já neste ano. O Brasil tem um potencial gigantesco de expansão do 4G e depois no 5G", completou.
Costa voltou a prometer medidas para acelerar a adoção da internet das coisas, inteligência artificial e outras inovações pelo setor privado. "Estamos trabalhando na revisão de vários tributos que hoje inviabilizam a expansão em larga escala da internet das coisas", concluiu.
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