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Nave Soyuz MS-12 aterrissa com sucesso no Cazaquistão

03/10/2019 11h57

Moscou, 3 out (EFE).- A nave russa Soyuz MS-12, com três tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a bordo, aterrissou com sucesso no Cazaquistão nesta quinta-feira, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

A cápsula tocou o solo às 7h59 (horário de Brasília) a sudeste da cidade cazaque de Dzhezkazgan com o comandante da Soyuz, o russo Aleksei Ovchinin, o americano Nick Hague e o emiradense Hazza al Mansouri a bordo.

Mansouri, o primeiro astronauta dos Emirados Árabes a viajar para a ISS, só permaneceu oito dias na plataforma, enquanto Hague e Ovchinin permaneceram 203 dias no total.

Esse foi o segundo voo do astronauta da Nasa ao espaço, e o terceiro do russo. Os dois chegaram à ISS em uma segunda tentativa em março, após a primeiro fracassar dois minutos depois do lançamento, em outubro de 2018, devido a uma falha em um sensor no foguete portador Soyuz-FG.

A nave aterrissou quase três horas e meia depois de se desacoplar da ISS. Os serviços de evacuação retiraram rapidamente cada um dos tripulantes da cápsula, começando por Ovchinin e Hague. Após a aterrissagem, os astronautas foram recebidos com pêssegos e tâmaras, um pedido do russo e do emiradense.

Cerca de dez minutos após deixarem a cápsula, os astronautas foram transferidos para um centro médico para serem submetidos a um exame.

De Qaraghandy, no Cazaquistão, onde se recuperarão do voo, Hague embarcará em um avião da Nasa para retornar para casa. Mansouri e Ovchinin voltarão ao centro de treinamento Cidade das Estrelas, nos arredores de Moscou. Durante a estadia na ISS, eles realizaram experimentos científicos já iniciados pelos companheiros.

Continuam na estação espacial os russos Aleksandr Skvortsov e Oleg Skripochka, os americanos Christina Koch, Jessica Meir e Andrew Morgan, e italiano Luca Parmitano, que formam a missão 61.

Durante mais de seis meses, expedição fará 250 pesquisas científicas nos campos da biologia, ciência da Terra, física, pesquisa humana e desenvolvimento tecnológico.

Outro estudo da tripulação será sobre o colete AstroRad, que será testado na ISS como traje protetor para os astronautas diante da exposição da cada vez maior à radiação à medida que se preparam para voar à Lua e, depois, para Marte.

Também serão realizadas dez caminhadas espaciais. Em uma série delas os tripulantes instalarão duas novas baterias de íons de lítio para dois dos canais de energia solar da estação.

Mais adiante, estão previstas caminhadas para atualizar e reparar o Espectrômetro Magnético Alfa, um instrumento científico instalado no exterior da ISS para estudar a matéria escura e as origens do universo.

A Nasa, através do programa Artemis, pretende enviar em 2024 a primeira mulher e o próximo homem à superfície da Lua. EFE