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Empresa de cibersegurança detecta aumento de ataques com sequestro de dados

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Imagem: Reprodução

Da EFE

20/08/2019 14h46

A empresa de cibersegurança Kaspersky registrou no segundo trimestre de 2019 um aumento nas tentativas de sequestro de dados de usuários por parte de hackers.

Segundo um relatório apresentado pela empresa, 232.292 usuários únicos de todo o mundo foram alvo de ataques com "ransomwares", uma espécie de vírus que dá ao hacker controle do computador dos usuários, um aumento de 46% em relação ao segundo trimestre de 2018. No entanto, em relação aos três primeiros meses deste ano, houve 50 mil casos a menos.

Os "ransomwares" são desenvolvidos para exigir da pessoa um resgate pelo computador infectado. Os hackers podem criptografar os dados armazenados no disco rígido ou até bloquear o acesso normal ao dispositivo.

Os países com a maior proporção de usuários dos serviços da Kaspersky que sofreram esse tipo de ataque foram Bangladesh (8,81%), Uzbequistão (5,52%), Moçambique (4,15%), Etiópia (2,42%) e Nepal (2,26%).

O relatório também afirma que durante o mesmo período a empresa detectou 16.017 novas modificações de "ransomwares", algumas incluídas em oito novas famílias de programas malignos ("malware"), o dobro do registrado no segundo trimestre de 2018.

"Este é um sinal perigoso que a atividade delitiva está se intensificando com novas versões de 'malwares'", indicou a empresa de cibersegurança em comunicado.

O "WannaCry" continua sendo o "ransomware" mais usado nos ataques, com 23,4% do total dos casos no segundo trimestre entre os usuários dos serviços da Kaspersky.

"Durante o segundo trimestre do ano, observamos um aumento no número de novas modificações de 'ransomware', apesar de que a família GandCrab, um dos 'cryptors' mais populares entre os cibercriminosos, fechou no início de junho", afirmou o pesquisador de segurança da Kaspersky, Fedor Sinitsyn.

O especialista destacou que o caso do GandCrab é um "bom exemplo" do quão efetivo pode ser um "ransomware". "Seus criadores anunciaram o fim da atividade maliciosa após afirmar que ganharam uma enorme quantidade de dinheiro extorquindo as vítimas", explicou.

Quando um computador é infectado por esse tipo de vírus, uma mensagem de recuperação aparece na tela exigindo o pagamento de um resgate para descriptografar os arquivos do computador em questão ou para restabelecer o funcionamento normal do sistema.

A Kaspersky aconselha às vítimas a não pagar os resgates por considerar que isso incentiva os hackers a continuar infectando mais dispositivos. O melhor caminho, segundo a empresa, é encontrar programas para decifrar a criptografia usada pelos cibercriminosos.

Há versões gratuitas de softwares do tipo na internet.

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