Dedão do pé conservava capacidade preênsil nos primeiros humanos, diz estudo
Barcelona (Espanha), 31 ago (EFE).- O dedão do pé conservava sua capacidade preênsil nos primeiros humanos, há aproximadamente 2,2 milhões de anos, muito tempo depois que os hominídeos começaram a caminhar sobre duas pernas, é o que revela um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Stony Brook e do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont (ICP).
A pesquisa, que foi publicada na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", analisou como a morfologia dos dedos dos pés mudou para permitir o deslocamento bípede dos primeiros humanos e revela que o dedão do pé manteve sua capacidade preênsil até há relativamente pouco tempo.
O trabalho faz parte dos estudos para determinar mais aspectos de sobre quando e como surgiu a capacidade humana de se deslocar de forma habitual sobre duas pernas, um tema que intriga os cientistas, pois representou uma mudança cultural e de hábitos muito importante para a espécie, entre outras coisas porque os humanos atuais perderam a capacidade preênsil dos dedos dos pés que os outros primatas conservam.
Agora, uma equipe internacional de pesquisadores com a participação de Peter Fernández, da Stony Brook University (EUA) e de Sergio Almécija, do ICP, se concentraram em como a anatomia dos dedos dos pés mudou no gênero humano ao longo do tempo para facilitar o bipedismo.
Para isso, os estudiosos compararam a estrutura das articulações entre o metatarso e as falanges, a base dos dedos dos pés, de diferentes espécies, desde fósseis de hominídeos até os humanos atuais, passando por grandes primatas antropomorfos (orangotangos, gorilas e chimpanzés) e também por muitas espécies de macacos.
O estudo revelou que o "Ardipithecus ramidus", que é o hominídeo bípede mais antigo já estudado, já mostrava alguma adaptação na estrutura dos dedos dos pés para facilitar o bipedismo.
Segundo os pesquisadores, essas adaptações consistem no fato de que as articulações entre o metatarso e as falanges do pé estão orientadas dorsalmente - para em cima - o que facilita a extensão da articulação para propulsar o corpo na locomoção bípede.
Por outro lado, outros primatas mostram articulações orientadas distalmente - ou seja, para baixo - e facilitam a flexão, porque as utilizam para agarrar objetos e segurar galhos.
Essas mudanças apareceram há mais de 4 milhões de anos e foram conservadas até os humanos atuais.
No entanto, o estudo revela que o dedão do pé evoluiu muito mais tarde, com as primeiras espécies do gênero homo.
Os motivos que levaram as primeiras espécies humanas a se locomoverem sobre duas pernas é um tema de debate recorrente na comunidade científica.
Algumas teorias afirmam que a mudança climática que começou na África há cerca de 7 milhões de anos e provocou a diminuição da superfície arbórea e o surgimento das savanas atuais teria favorecido o desenvolvimento dessa forma de deslocamento.
Além disso, a liberação das mãos da função locomotiva teria permitido que os primeiros humanos utilizassem as extremidades superiores para realizar outras funções, como a elaboração de ferramentas.
A pesquisa, que foi publicada na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", analisou como a morfologia dos dedos dos pés mudou para permitir o deslocamento bípede dos primeiros humanos e revela que o dedão do pé manteve sua capacidade preênsil até há relativamente pouco tempo.
O trabalho faz parte dos estudos para determinar mais aspectos de sobre quando e como surgiu a capacidade humana de se deslocar de forma habitual sobre duas pernas, um tema que intriga os cientistas, pois representou uma mudança cultural e de hábitos muito importante para a espécie, entre outras coisas porque os humanos atuais perderam a capacidade preênsil dos dedos dos pés que os outros primatas conservam.
Agora, uma equipe internacional de pesquisadores com a participação de Peter Fernández, da Stony Brook University (EUA) e de Sergio Almécija, do ICP, se concentraram em como a anatomia dos dedos dos pés mudou no gênero humano ao longo do tempo para facilitar o bipedismo.
Para isso, os estudiosos compararam a estrutura das articulações entre o metatarso e as falanges, a base dos dedos dos pés, de diferentes espécies, desde fósseis de hominídeos até os humanos atuais, passando por grandes primatas antropomorfos (orangotangos, gorilas e chimpanzés) e também por muitas espécies de macacos.
O estudo revelou que o "Ardipithecus ramidus", que é o hominídeo bípede mais antigo já estudado, já mostrava alguma adaptação na estrutura dos dedos dos pés para facilitar o bipedismo.
Segundo os pesquisadores, essas adaptações consistem no fato de que as articulações entre o metatarso e as falanges do pé estão orientadas dorsalmente - para em cima - o que facilita a extensão da articulação para propulsar o corpo na locomoção bípede.
Por outro lado, outros primatas mostram articulações orientadas distalmente - ou seja, para baixo - e facilitam a flexão, porque as utilizam para agarrar objetos e segurar galhos.
Essas mudanças apareceram há mais de 4 milhões de anos e foram conservadas até os humanos atuais.
No entanto, o estudo revela que o dedão do pé evoluiu muito mais tarde, com as primeiras espécies do gênero homo.
Os motivos que levaram as primeiras espécies humanas a se locomoverem sobre duas pernas é um tema de debate recorrente na comunidade científica.
Algumas teorias afirmam que a mudança climática que começou na África há cerca de 7 milhões de anos e provocou a diminuição da superfície arbórea e o surgimento das savanas atuais teria favorecido o desenvolvimento dessa forma de deslocamento.
Além disso, a liberação das mãos da função locomotiva teria permitido que os primeiros humanos utilizassem as extremidades superiores para realizar outras funções, como a elaboração de ferramentas.
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