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Superlua coincidirá com eclipse lunar em 31 de janeiro

K.M. Chaudhry/AP
Imagem: K.M. Chaudhry/AP

Em Santa Cruz de Tenerife (Espanha)

26/01/2018 14h54

A Lua voltará a ser a protagonista em 31 de janeiro, dia no qual um eclipse lunar coincidirá com uma Superlua, a segunda do mês, algo que não ocorre desde 1982, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC, Espanha).

A coincidência de uma Superlua que, além disso, será a segunda Lua Cheia do mês e o eclipse total é chamada pela imprensa americana de Lua Azul, algo que nada tem a ver com sua cor, explica o IAC em um comunicado.

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Os cálculos indicam que desde 1982 não ocorre esta coincidência, que não terá nenhuma implicação para a Terra.

Desde o ponto de vista astronômico, o maior interesse está nas observações e medidas durante o transcurso do eclipse total, acrescenta a nota de imprensa.

Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua passa pela sombra da Terra, o que não ocorre todos os meses porque a órbita da Lua está ligeiramente inclinada com relação à da Terra-Sol (eclíptica).

Diferentemente dos eclipses solares, os lunares são visíveis desde qualquer lugar do mundo, uma vez que a Lua está sobre o horizonte no momento em que ocorre, lembra o instituto.

Durante a totalidade do processo, a Lua não desaparece da vista, mas adquire uma tonalidade avermelhada, razão pela qual nas redes sociais é conhecida como "Lua de Sangue".

A atmosfera da Terra, que se estende por cerca de 80 quilômetros além do diâmetro terrestre, atua como uma lente desviando a luz do Sol, ao mesmo tempo que filtra eficazmente seus componentes azuis, deixando passar só a luz vermelha que será refletida pela Lua, dando um tom cobre característico.

Segundo dados proporcionados pela Nasa, em 2018 ocorrerão dois eclipses totais da Lua, em 31 de janeiro e em 27 de julho.

Devido ao fato de a órbita da Lua ser uma elipse, há momentos em que se encontra mais próxima da Terra - perigeu - e outros mais afastada - apogeu.

Durante as Superluas (a Lua cheia ocorre perto do perigeu), o diâmetro lunar pode aumentar até 14%, e seu brilho, cerca de 30%, com relação a uma Lua Cheia no apogeu.