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Homo sapiens é até 170 mil anos mais velhos do que se pensava, diz estudo

Crânio de um Homo Sapiens (centro e direita) ao lado de crânio de Neanderthal (esquerda) - Jim Hollander/EFE
Crânio de um Homo Sapiens (centro e direita) ao lado de crânio de Neanderthal (esquerda) Imagem: Jim Hollander/EFE

Em Washington

29/09/2017 07h42

Os dados genéticos obtidos de sete humanos que viveram nos últimos 2.500 anos na África do Sul sugerem que o Homo sapiens surgiu há 350.000 anos, muito antes do que se considerava até agora, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (29) na revista "Science".

Cientistas suecos e sul-africanos puderam identificar a sequência genética dos restos de três indivíduos caçadores-coletores que viveram há entre 2.300 e 1.800 anos, e de quatro camponeses que viveram há entre 500 e 300 anos.

Todos eles viveram na atual província de KwaZulu-Natal, na costa Índica da África do Sul.

Os cientistas concluíram que a transição dos humanos arcaicos ao Homo Sapiens ocorreu há entre 350.000 e 260.000 anos, muito antes dos 180.000 anos que se achava até agora com base em restos encontrados no leste da África.

Os autores do estudo, da Universidade de Uppsala (Suécia), da Universidade de Joanesburgo e da Universidade de Witwatersrand (ambas na África do Sul), apoiaram assim a teoria da origem pan-africana do Homo sapiens, com evoluções simultâneas em todo o continente.

De fato, em junho deste ano, fósseis de mais de 300.000 anos achados em Marrocos sugeriram que a evolução do homem arcaico ao Homo sapiens podia ter acontecido muito antes do estabelecido até agora.