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Nova espécie de cobra não venenosa é descoberta em Minas Gerais

De tamanho pequeno, aproximadamente 30 cm, a espécie Atractus spinalis foi identificada na Serra do Espinhaço, no Parque Nacional da Serra do Cipó - Reprodução/Mauro Teixeira Júnior
De tamanho pequeno, aproximadamente 30 cm, a espécie Atractus spinalis foi identificada na Serra do Espinhaço, no Parque Nacional da Serra do Cipó Imagem: Reprodução/Mauro Teixeira Júnior

Em Brasília

19/08/2014 17h44

Cientistas de quatro instituições brasileiras anunciaram nesta terça-feira (19) a descoberta de uma nova espécie de serpente não venenosa e que tem seu habitat na Serra do Cipó, em Minas Gerais.

A nova cobra foi batizada como "Atractus spinalis" e pertence à família Dipsadidae, que está presente em vários países do continente americano e em algumas ilhas do Caribe.

A serpente foi localizada e identificada por cientistas da UFRJ e da USP, que desenvolviam estudos com pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN-ICMBio), com apoio da Fundação Boticário de Proteção à Natureza.


Segundo uma nota desta última instituição, o exemplar encontrado tem 30 centímetros de comprimento, sua pele é avermelhada, com manchas de cor marrom, e um tom mais amarelado sua parte inferior.

O comunicado diz que a mesma foi encontrada sob algumas pedras no Parque Nacional da Serra do Cipó, que faz parte da Serra do Espinhaço, um cadeia de montanhas que se estende entre os estados de Minas Gerais e da Bahia.

A "Atractus spinalis" se junta às 1.815 espécies de répteis e anfíbios já identificados no Brasil, mas os cientistas acreditam que existem muitas outras que ainda não foram descobertas.

"A descoberta de uma nova espécie constitui um passo necessário para a ciência e possui um caráter de base, pois marca o início da possibilidade da implementação de medidas de conservação para uma novo animal ou planta até então desconhecido aos olhos da ciência e, por isso mesmo, não priorizado em políticas públicas de conservação ", disse a diretora da Fundação Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes, citada no comunicado.