Topo

Astrônomos acham 3 planetas na zona habitável da mesma estrela

Em Berlim

25/06/2013 11h05

Cientistas ligados ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriram o primeiro sistema planetário integrado por três planetas onde pode existir água em estado líquido, o que os transformam em possíveis candidatos para a presença de vida.

Segundo informou nesta terça-feira (25) o instituto, que tem sede em Garching, na Alemanha, as observações realizadas por um telescópio de 3,6 metros que o ESO tem no Chile revelaram a existência de ao menos seis planetas na órbita em torno da estrela Gliese 667C, amplamente estudada e parte de um sistema estelar triplo conhecido como Gliese 667.

A Gliese 667C tem um terço da massa do nosso Sol, encontra-se na constelação de Escorpião, a 22 anos-luz de distância, e é uma estrela fria e tênue. Isso faz com que a sua zona habitável se encontre em uma área do tamanho da órbita de Mercúrio, muito mais próximo da estrela do que no caso de nosso Sol.

Dos seis exoplanetas que rodeiam a estrela, três deles estão situados em condições que tornariam possível a existência de água em estado líquido. O sistema é o primeiro que tem três corpos em sua zona habitável.

A descoberta dos três exoplanetas preenchem totalmente a zona habitável da Gliese 667C, pois não existem mais órbitas estáveis nas quais pode existir água em estado líquido neste sistema.

Infográfico

  • Arte UOL

    Saiba até onde o homem já chegou na corrida pela exploração espacial

"O número de planetas potencialmente habitáveis em nossa galáxia é muito maior do que poderíamos pensar se levarmos em conta que podemos encontrar vários deles em torno de cada estrela de baixa massa", explicou um dos autores do estudo, Rory Barnes.

A equipe de trabalho, liderada por Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Gottingen, da Alemanha, e Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, analisou estudos anteriores sobre a estrela e os dados do telescópio no Chile.

"Estes novos resultados ressaltam quão valioso pode ser revisar os dados deste modo, combinando resultados de diferentes equipes ou diferentes telescópios", disse Anglada-Escudé.