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Objeto brilhante no solo de Marte desperta curiosidade do robô da Nasa

Em Washington (EUA)

09/10/2012 09h48

Um pequeno objeto brilhante no solo de Marte, visível em uma das fotografias enviadas à Terra pelo robô Curiosity, despertou a curiosidade dos cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).

No 61º dia marciano de sua missão, que corresponde ao último domingo (7) na Terra, o Curiosity levantou uma porção de areia e pó em sua bandeja e a expôs para suas câmeras. Em algumas das imagens, perto da margem inferior das fotografias, os cientistas viram um pequeno objeto brilhante.

Como eles não conseguiram uma imagem aproximada do ponto brilhante, os técnicos do Laboratório de Jato a Propulsão em Pasadena, na Califórnia (EUA), suspenderam o uso do braço do robô no 62º dia da missão marciana e se dedicaram a obter mais fotografias da região. Após a análise, concluída às 04h23 desta terça-feira (9) no horário de Brasília, a equipe divulgou que o pedaço parece fazer parte do próprio robô. 

A Nasa mostrou em seu site um vídeo composto por 256 quadros da câmera no mastro do Curiosity. Nele, é possível ver como a bandeja vibra para desprezar o excesso de pó e areia recolhidos. A vibração, segundo a agência, serve para mostrar as características físicas da amostra recolhida, como a ausência de pedregulhos.

Primeira descoberta da missão

A cratera Gale, onde o Curiosity desceu em Marte no último dia 6 de agosto, esteve coberta por correntes de água de aproximadamente um metro de altura, algo que mostra que o planeta pode ter abrigado vida, disse a Nasa no fim do mês passado. O Curiosity encontrou sua primeira prova de que houve água no planeta vermelho, pelo menos em uma parte, mas "durante muito tempo".

O cientista John Grotzinger, do Laboratório de Ciência de Marte da Nasa, concluiu que as fotografias enviadas pelo explorador revelam que o planeta foi "habitável", descobrindo assim um dos principais objetivos da missão. Ele afirmou que a área onde as fotografias foram tiradas precisa ser estudada com mais atenção, mas assegurou que esse "fluxo de água pôde ser um ambiente habitável".

As fotos das rochas tiradas pelo robô explorador mostram como as pedras são redondas e a dispersão de cascalho que pode ter sido arrastado pela água ao longo de cerca de 40 quilômetros.