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Arqueólogos descobrem que rocha voadora decapitou vítima de erupção de Pompeia

Força da rocha decapitou homem que provavelmente tentava escapar da erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C.  - EPA
Força da rocha decapitou homem que provavelmente tentava escapar da erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C. Imagem: EPA

30/05/2018 15h39

Um homem decapitado por uma enorme rocha, que o atingiu enquanto fugia de uma erupção vulcânica, teve seu esqueleto descoberto por pesquisadores que estudam o sítio arqueológico de Pompeia, na Itália.

A descoberta remete ao ano 79 d.C., época em que o Monte Vesúvio entrou em erupção, matando grande parte da população de Pompeia e - em episódio arqueologicamente famoso - fossilizando seus corpos.

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O esqueleto recém-descoberto parece ser de um homem que sobreviveu à explosão inicial do vulcão e possivelmente tentava escapar da cidade.

No entanto, acredita-se que ele tenha sofrido uma lesão na perna, que dificultou sua fuga - os arqueólogos dizem ter identificado no esqueleto sinais de uma infecção óssea.

Até que, por fim, o homem foi decapitado e esmagado por uma rocha gigantesca que foi aos ares com a força da erupção.

A atividade vulcânica matou muitos dos moradores da cidade não por causa da lava, mas sim pela vasta e rápida nuvem de gás quente e fragmentos (o chamado fluxo piroclástico) do Vesúvio que se espalhou pela cidade. Ao cobrir os moradores com cinzas, a nuvem acabou preservando seus corpos para o estudo arqueológico posterior.

Descoberta é considerada 'excepcional' como parte dos estudos para entender impacto da erupção do Vesúvio na população de Pompeia  - Parque Arqueológico de Pompeia/Divulgação - Parque Arqueológico de Pompeia/Divulgação
Descoberta é considerada 'excepcional' como parte dos estudos para entender impacto da erupção do Vesúvio na população de Pompeia
Imagem: Parque Arqueológico de Pompeia/Divulgação
Já o homem morto pela pedra, que provavelmente tinha em torno de 30 anos, foi encontrado no primeiro piso de uma edificação, sobre uma camada de pequenas rochas carregadas pelo fluxo piroclástico.

O fragmento que o matou provavelmente era do batente da porta da construção. Ela caiu sobre o homem e esmagou seu torso superior perto da cabeça, que não foi encontrada.

O arqueólogo Massimo Osanna diz que o esqueleto é uma "descoberta excepcional", que é parte dos estudos para entender o impacto da erupção do Vesúvio na vida dos antigos moradores de Pompeia.