Futuro da Antártica é debatido no Chile com foco nas mudanças climáticas
No 25º aniversário do protocolo sobre preservação do meio ambiente assinado em Madri, representantes de mais de 50 países vão elaborar propostas e adotar resoluções para coordenar a administração de recursos e conservação da Antártica.
"O que vai marcar essa reunião é a dimensão ambiental, o desafio crescente das mudanças climáticas", afirmou o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, em coletiva de imprensa antes da abertura do evento.
Muñoz ressaltou que a dimensão ambiental se somará ao debate sobre os protocolos de cooperação científica.
Nesse sentido, o chanceler afirmou que é essencial que os países interessados em explorar o Continente Branco utilizem as bases já existentes, evitando, assim, aumentar a poluição com a construção de novas instalações.
Também foram discutidas fórmulas para administrar o turismo antártico.
"Há um patrimônio que precisa ser cuidado, porque há um crescente turismo antártico, a quantidade de turistas (...) se multiplicou, trazendo a necessidade de aumentar os controles", disse Muñoz.
Sobre a reivindicação histórica do Chile de ter soberania sobre uma parte desse território, considerando que é o país com as fronteiras mais próximas ao Continente Branco, Muñoz lembrou que o Chile decidiu, junto com outros países que também reivindicam soberania, congelar suas aspirações para garantir a harmonia na administração da zona.
O chanceler ressaltou, ainda, que o Chile defende "uma moratória em relação à extração mineral no continente antártico, um contrapeso para que seja um continente para a exploração científica, e não para a exploração [econômica em geral]".
Firmado em Washington em 1959 por 12 Estados, o Tratado Antártico permite um modelo único de administração desse território.
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