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Russos acham fóssil de cão com 33 mil anos na Sibéria

Em Washington

06/03/2013 20h53

Cientistas russos descobriram o dente fossilizado de um cão doméstico na Sibéria que data de 33 mil anos, um dos vestígios mais antigos encontrados até agora, informou um estudo publicado nos Estados Unidos.

O exame de DNA feito no dente determinou que se trata de um antepassado do cão moderno, explicou Anna Druzhkova, pesquisadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Rússia, uma das autoras principais do estudo.

O resultado da pesquisa foi publicado na revista científica americana PLOS One, uma publicação da Biblioteca Pública da Ciência, nesta quarta-feira (6).

A domesticação do cão é mais antiga do que o começo da agricultura, 10 mil anos atrás. Mas os cientistas não sabem exatamente quando os cães e os lobos se tornaram duas espécies distintas. Esta separação tem mais de 10 mil anos, segundo as estimativas.

Os fósseis mais antigos de cães modernos encontrados até agora remontavam há 36 mil anos.

Os cientistas que descobriram o dente fossilizado do chamado "cão de Altai", devido ao nome da montanha onde estava, informaram que este animal está muito mais próximo dos cães modernos e dos caninos pré-históricos encontrados no continente americano do que dos lobos.

"Este fóssil também revela uma história mais antiga dos cães fora do Oriente Médio ou do leste da Ásia, que até agora se pensava que era o berço do cão moderno", informaram os autores da descoberta.