Mesmo com uma equipe global para aplicação de leis e que trabalha com autoridades de diferentes países, a executiva sabe que, na maioria das vezes, os criminosos sairão impunes, porque não são identificáveis. É aí que entra seu plano B: derrubar a infraestrutura dos hackers.
Colocar na cadeia leva tempo. Se não podemos prender, vamos atrás deles de um jeito ou de outro. Destruir a estrutura, os servidores que construíram, apagar as contas que usam na deep web para se comunicar com outros criminosos, obrigá-los a fazer novas credenciais... Isso vai irritá-los bastante
Lane gaba-se: "diga um tipo de ataque e temos múltiplos meios de pará-lo". Mas ela sabe que um novo momento para a área ruptura de fraude de pagamento já começou, com desafios ainda maiores. O cartão físico já está morrendo e sendo substituído por pagamentos totalmente digitais -- seja no celular, em pulseira ou até biochips --na China, eles já foram quase que totalmente substituídos. Com isso, as fraudes devem aumentar.
"É mais fácil fraudar online, porque o fraudador está escondido atrás de um computador, não vai até o caixa. Mas faço isso a minha vida toda e é sempre igual: tem alguém barulhento que atrai muita atenção, deixa muitas pistas, até começarem a serem pegos e ficam mais sutis", diz.
Lane já começou a implantar uma nova tecnologia, chamada de 3DS, para tornar as compras online mais seguras e menos confusas para consumidores, com mais elementos para os bancos analisarem e menos para os clientes preencherem. Com isso, defende ela, a chance de os criminosos cometerem um erro é maior.
Vai ser diferente, e eu gosto de mudança. Nós desenhamos e temos os recursos, então temos a vantagem. Vai ser a mesma coisa, só um jeito diferente de jogar o jogo