Operadoras de TV a cabo dos EUA acertam negócio de US$21,9 bi

(Reuters) - A companhia norte-americana de televisão por assinatura Charter Communications anunciou nesta  sexta-feira a compra da rival Cox Communications por US$21,9 bilhões, um negócio que vai unir duas das maiores operadoras de cabo e banda larga dos Estados Unidos, que disputam clientes com gigantes do streaming e grupos de telefonia móvel.

As empresas de mídia norte-americanas estão considerando opções para seus negócios de TV a cabo que estão em declínio, à medida que milhões de consumidores migram para serviços de streaming como a Netflix.

A fusão - um dos maiores negócios do ano em todo o mundo - ajudará a Charter a agrupar melhor serviços de banda larga e telefonia móvel, enquanto tenta evitar que os clientes mudem para provedores como a T-Mobile, que têm seus próprios planos de internet.

A estratégia da Charter de combinar internet, TV e serviços móveis em um único pacote personalizável ajudou a empresa a superar as estimativas de receita trimestral no mês passado. Analistas dizem que o apelo da estratégia é óbvio, mas ela precisa de escala, já que as empresas de cabo dependem do aluguel de acesso à rede das principais operadoras para oferecer planos de telefonia móveis.

"Essa combinação aumentará nossa capacidade de inovar e fornecer produtos de alta qualidade e com preços competitivos", disse o presidente-executivo da Charter, Chris Winfrey, que comandará a empresa combinada.

Como parte do acordo em dinheiro e ações, a Charter também assumirá a dívida líquida de cerca de US$12,6 bilhões da Cox e outras obrigações. Isso dá ao negócio um valor empresarial de cerca de US$34,5 bilhões.

A Cox Enterprises será proprietária de cerca de 23% da entidade resultante da fusão, com seu presidente-executivo, Alex Taylor, atuando como presidente do conselho. A empresa combinada será rebatizada como Cox Communications dentro de um ano após o fechamento do negócio.

A Cox Communications é a maior divisão da Cox Enterprises - uma empresa de controle familiar fundada em 1898 pelo ex-governador de Ohio James Cox, com interesses em TV a cabo, automóveis e mídia, incluindo a Axios.

Charter e Cox haviam discutido uma fusão em 2013 antes de desistirem da ideia. Mas as especulações voltaram a crescer nos últimos meses, depois que o bilionário da TV a cabo John Malone disse em novembro que a Charter deveria ter permissão para se fundir com rivais como a Cox, logo depois que a Charter acertou acordo para comprar a Liberty Broadband.

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Sem especificar uma data, a Charter disse que a compra da Cox deverá ser concluída juntamente com o acordo anunciado anteriormente com a Liberty Broadband.

Os acionistas da Liberty Broadband receberão participação direta na Charter de acordo com os termos do acordo com a Cox.

(Por Gursimran Kaur, Aditya Soni e Jaspreet Singh)

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