Dona do Google diz que pode vender robotáxis para propriedade pessoal no futuro

Os táxis autônomos Waymo, da Alphabet (subsidiária dona do Google), podem estar disponíveis para as pessoas possuírem no futuro, disse o presidente-executivo Sundar Pichai na quinta-feira, assim como a fabricante de veículos elétricos Tesla se prepara para lançar robotáxis este ano nos Estados Unidos.

A Waymo, que começou como um pequeno projeto de direção autônoma em 2009 e foi desmembrada do Google sete anos depois, expandiu-se lentamente, mas de forma constante, em um mercado de veículos autônomos complicado, que registrou várias baixas devido ao aumento do investimento, requisitos regulatórios rígidos e obstáculos tecnológicos difíceis.

Com mais de 700 veículos em sua frota — 300 dos quais operam em San Francisco — a Waymo é a única empresa dos EUA que opera robotáxis não tripulados que cobram tarifas.

Pichai, em uma teleconferência, não forneceu um cronograma ou qualquer detalhe sobre como a empresa planeja vender os veículos da Waymo, além de dizer que "há uma opção futura para propriedade pessoal".

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, comentou recentemente sobre o custo mais alto dos carros da Waymo em comparação com os da Tesla.

Os veículos da Waymo usam uma combinação de câmeras e sensores caros, como o lidar, para criar um mapa tridimensional da via, acrescentando redundância para aumentar a segurança. Por outro lado, a Tesla depende apenas da visão da câmera e da inteligência artificial, o que lhe permite manter os custos sob controle.

"Os Teslas provavelmente custam um quarto, 20%, do que custa um Waymo e são fabricados em um volume muito alto", disse Musk após os resultados da Tesla na terça-feira. "Não vejo ninguém sendo capaz de competir com a Tesla no momento."

Musk aposta o futuro da Tesla nos robotáxis e afirmou que os proprietários poderão eventualmente ganhar dinheiro listando seus veículos em um aplicativo de carona.

A empresa pretende lançar um serviço de robotáxi em vários Estados dos EUA este ano, uma meta que os especialistas em autonomia consideraram ambiciosa, dada a dificuldade da tecnologia em responder a cenários como mau tempo, cruzamentos complexos e comportamento de pedestres.

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A rival Cruise, uma unidade da General Motors, fechou as portas no ano passado após um grande acidente que levou a uma investigação federal e a uma pequena multa criminal.

A Waymo, que testou sua tecnologia durante anos, agora está se concentrando em aumentar sua presença por meio de parcerias com empresas como Uber, a operadora de frotas Moove e as montadoras Hyundai, Zeekr e Jaguar.

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