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Nvidia criará supercomputador israelense para atender demanda por IA

29/05/2023 14h47

Por Steven Scheer

JERUSALÉM (Reuters) - A Nvidia disse nesta segunda-feira que está montando o supercomputador de inteligência artificial mais poderoso de Israel para atender à crescente demanda dos clientes por aplicativos com a tecnologia.

A empresa de chips listada em bolsa de valores mais valiosa do mundo, disse que o sistema baseado em computação em nuvem custará centenas de milhões de dólares e estará parcialmente operacional até o final de 2023.

Gilad Shainer, vice-presidente sênior da Nvidia, disse que a empresa trabalhou com 800 startups em Israel e dezenas de milhares de engenheiros de software.

Espera-se que o sistema, chamado Israel-1, ofereça desempenho de até oito exaflops de computação de inteligência artificial para torná-lo um dos supercomputadores mais rápidos do mundo. Um exaflop tem a capacidade de realizar 1 quintilhão, ou 1 seguido por 18 zeros, de cálculos por segundo.

Shainer disse que a inteligência artificial é a "tecnologia mais importante em nossa vida" e que, para desenvolver aplicativos generativos de IA, são necessárias grandes unidades de processamento gráfico (GPUs).

"A inteligência artificial generativa está em todos os lugares hoje em dia. Você precisa ser capaz de realizar treinamento em grandes conjuntos de dados", disse ele à Reuters, observando que as empresas em Israel terão acesso a um supercomputador que não possuem hoje.

"Este sistema é um sistema de grande escala que realmente permitirá que eles façam treinamento muito mais rapidamente, construam estruturas e criem soluções que possam lidar com problemas mais complexos."

O sistema foi desenvolvido pela antiga equipe da Mellanox. A Nvidia comprou a fabricante de chips israelense Mellanox Technologies em 2019 por quase 7 bilhões de dólares, superando a oferta da Intel.

Shainer disse que a primeira prioridade da Nvidia para o supercomputador são seus parceiros israelenses. "Podemos usar este sistema para trabalhar com parceiros fora de Israel no futuro", disse ele.