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Para impedir escassez de iPhones, fábrica quadruplica contratações na Índia

STR/NurPhoto via Getty Images
Imagem: STR/NurPhoto via Getty Images

Por Sudarshan Varadhan e Yimou Lee

De Reuters, em Nova Délhi e Taipé

11/11/2022 13h29

NOVA DÉLHI/TAIPÉ (Reuters) - A Foxconn planeja quadruplicar em dois anos a força de trabalho na fábrica de iPhones que mantém na Índia, disseram dois representantes do governo indiano em um momento em que a empresa enfrenta interrupções em linhas de montagem na China.

As restrições contra Covid-19 na fábrica da Foxconn em Zhengzhou levaram a Apple a reduzir previsão de vendas dos modelos premium do iPhone 14 nesta semana, impactando perspectivas da companhia para a temporada de festas de fim de ano.

A Foxconn, com sede em Taiwan, agora planeja aumentar a força de trabalho na fábrica que mantém no sul da Índia para 70 mil funcionários, o que representa uma adição de mais 53 mil trabalhadores nos próximos dois anos, disseram as fontes.

Embora o tamanho da fábrica no Estado indiano de Tamil Nadu seja menor que a unidade chinesa em Zhengzhou, que emprega 200 mil trabalhadores, a instalação é fundamental para os esforços da Apple de transferir produção realizada atualmente na China.

Representantes de Foxconn e Apple não comentaram o assunto.

Em 27 de outubro, o braço de promoção de investimentos de Tamil Nadu escreveu no Twitter que funcionários do alto escalão do governo viajaram para Taiwan e conheceram o presidente da Foxconn, Liu Young-way. Eles "discutiram detalhadamente os planos da Foxconn para novos empreendimentos e investimentos" e ofereceram apoio do governo.

Atualmente, os iPhones são montados na Índia por pelo menos três fornecedores globais da Apple: Foxconn e Pegatron em Tamil Nadu; e Wistron no Estado vizinho de Karnataka.

Analistas do JP Morgan estimaram em setembro que a Apple poderá fabricar um em cada quatro iPhones na Índia até 2025, e que 25% de todos os produtos da companhia - incluindo computadores, iPad, Apple Watch e AirPods - serão fabricados fora da China até 2025, ante nível atual de 5%.