Topo

Reguladores de Europa e EUA alertam bancos contra ciberataque russo

09/02/2022 15h09

Por John O'Donnell e Huw Jones e Pete Schroeder e Tom Sims e Stine Jacobsen

FRANKFURT/LONDRES (Reuters) - O Banco Central Europeu está preparando os bancos para um possível ataque cibernético patrocinado pela Rússia, à medida que as tensões com a Ucrânia aumentam, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.

O Banco Central Europeu, liderado pela ex-ministra francesa Christine Lagarde e que supervisiona os maiores bancos da Europa, está alerta para ameaça de ataques cibernéticos a bancos promovidas pela Rússia, disseram as pessoas.

Embora o regulador tenha se concentrado em golpes comuns que explodiram durante a pandemia, a crise na Ucrânia desviou a atenção para ataques cibernéticos lançados da Rússia, disse uma das fontes, acrescentando que o BCE questionou os bancos sobre suas defesas.

Os bancos estavam realizando simulações para testar sua capacidade de se defender de um ataque cibernético, disse a pessoa. O BCE, que destacou a vulnerabilidade de segurança cibernética como uma de suas prioridades, se recusou a comentar.

No início deste ano, vários sites ucranianos foram atingidos por um ataque cibernético que deixou um aviso para "ter medo e esperar o pior", já que a Rússia reuniu tropas perto das fronteiras da Ucrânia.

O serviço de segurança estatal da Ucrânia, SBU, disse ter visto sinais de que o ataque estava ligado a grupos de hackers associados aos serviços de inteligência russos.

O Kremlin também negou repetidamente que tenha algo a ver com hackers e disse que está pronto para cooperar com os Estados Unidos e outros países para reprimir o crime cibernético. No entanto, os reguladores na Europa estão em alerta máximo.

O Centro Nacional de Segurança Cibernética da Grã-Bretanha alertou grandes organizações para reforçar a segurança cibernética em meio a crescentes tensões sobre a Ucrânia.

Alguns, no entanto, acreditam que a crise na Ucrânia foi desproporcional. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy acusou Washington e a mídia de alimentar o pânico.