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Novo foco dos EUA é proteger sistemas de água, luz e gás de hacker

Nandita Bose

Em Washington

27/01/2022 13h48

A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira um plano para reforçar a segurança cibernética da operação de abastecimento de água nos Estados Unidos.

A medida é uma extensão dos esforços norte-americanos para impedir ataques contra sua infraestrutura considerada essencial, o que inclui operações de eletricidade e gás natural.

Altos funcionários do governo disseram que as instalações de água usam automação e redes eletrônicas que são vulneráveis a ataques cibernéticos, o que poderia gerar produção de água sem a qualidade necessária, interrupção do fluxo para os consumidores e danos à infraestrutura.

O plano da Casa Branca impulsionará a adoção de novas tecnologias que ofereçam detecção precoce de ameaças cibernéticas, melhorem a resposta a esses incidentes e forneçam o compartilhamento desses dados com o governo dos EUA.

A segurança cibernética tem sido um dos principais focos do governo Biden, após uma série de violações de grande porte paralisaram empresas e agências governamentais norte-americanas, incluindo um incidente de ransomware que interrompeu o fornecimento de gasolina.

No ano passado, hackers invadiram o sistema de computador de uma instalação que trata água para cerca de 15.000 pessoas perto da cidade de Tampa, no Estado norte-americano da Flórida, e tentaram adicionar um nível perigoso de aditivo ao abastecimento.

Em julho, o presidente Joe Biden assinou um memorando de segurança nacional para criar "controles de desempenho" para segurança cibernética nas empresas mais críticas do país.

Ele alertou que se os EUA acabarem em uma "verdadeira guerra" com uma "grande potência", isso pode ser o resultado de um ataque cibernético significativo ao país, destacando o que Washington vê como uma ameaça crescente representada por hackers da Rússia, China, Irã e Coreia do Norte.

A mais recente iniciativa do setor de água será realizada em coordenação com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) e o Conselho de Coordenação do Setor Hídrico. A EPA convidará as concessionárias para um programa piloto, mas a participação será voluntária, disseram as autoridades.