Governo dos EUA pede que juíza permita barrar WeChat das lojas de aplicativos
Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Justiça dos EUA pediu a um juiz federal nesta sexta-feira que permita ao governo proibir a Apple e o Google de oferecer o WeChat para download nas lojas de aplicativos dos EUA enquanto se espera um recurso.
O processo pede à juíza Laurel Beeler, de San Francisco, que suspenda liminar de sábado que bloqueou ordem do Departamento de Comércio, que entraria em vigor em 20 de setembro e que também impediria outras transações nos EUA com o WeChat, potencialmente tornando o aplicativo inutilizável nos EUA.
O processo diz que a ordem de Beeler permite o uso contínuo e irrestrito do WeChat, aplicativo que o Poder Executivo classificou como ameaça à segurança nacional.
A Tencent apresentou uma proposta para criar uma nova versão dos EUA do aplicativo, implantar medidas de segurança específicas para proteger o código-fonte do novo aplicativo, fazer parceria com um provedor de nuvem dos EUA para armazenar dados de usuários e gerenciar o novo aplicativo.
Mas a proposta permite que a Tencent siga dona do WeChat e não atenda às preocupações dos EUA sobre a empresa, diz.
A Tencent não quis comentar.
O governo quer uma decisão breve de Beeler, no máximo em 1º de outubro.
O WeChat teve uma média de 19 milhões de usuários ativos diários nos Estados Unidos, disse a empresa de análise Apptopia no início de agosto. É popular entre estudantes chineses, americanos que vivem na China e alguns americanos que têm relacionamentos pessoais ou de negócios na China.
Beeler escreveu "certamente o interesse geral do governo pela segurança nacional é significativo. Mas neste registro - embora o governo tenha estabelecido que as atividades da China levantam preocupações de segurança nacional significativas - ele apresentou escassas evidências de que sua proibição efetiva do WeChat para todos usuários dos EUA tratam dessas preocupações.
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