Lucro da Foxconn supera estimativas no 2° tri
Por Yimou Lee
TAIPEI (Reuters) - A Foxconn, maior fabricante mundial de eletrônicos do mundo, registrou um lucro trimestral melhor do que o esperado e previu que sua unidade de smartphones apresentaria fraqueza sustentada na receita, mas em um ritmo ligeiramente mais lento neste trimestre.
Analistas esperam, no entanto, que a empresa acelere a recuperação da receita nos próximos meses, sustentada pelo lançamento de uma nova linha de iPhones da Apple, uma importante cliente da Foxconn.
A Foxconn informou um lucro líquido de 22,9 bilhões de dólares taiwaneses (778,54 milhões de dólares) no segundo trimestre. Trata-se de aumento de 34% em relação ao ano anterior e melhor do que uma estimativa média de 17,95 bilhões de dólares taiwaneses, segundo dados da Refinitiv.
A empresa também afirmou que os números mais fortes do que o esperado foram impulsionados principalmente pelos negócios de servidores e computação, enquanto a receita de seus principais produtos de consumo, principalmente smartphones, caiu mais de 15% em relação ao ano anterior, com a pandemia de coronavírus atingindo a demanda global de eletrônicos.
No terceiro trimestre, a Foxconn espera que a receita geral registre um declínio anual de dois dígitos e que a receita da divisão de eletrônicos de consumo caia cerca de 10% em relação ao ano anterior.
A empresa de pesquisas IDC disse que os envios globais de smartphones caíram 16% no segundo trimestre, em relação ao ano anterior.
Para a Foxconn, porém, a ligação com a Apple seria um impulsionador do seu crescimento.
Mais de 70% dos novos iPhones podem ser montados pela Foxconn, ajudando a receita da empresa a retomar o crescimento no quarto trimestre, disse a KGI Securities, de Taipei.
O presidente da Foxconn, Liu Young-way, disse que "é possível" que a margem bruta da Foxconn possa chegar a 7% no próximo ano, impulsionada em parte pelo crescimento de seu setor de negócios de componentes, que inclui a produção de peças-chave para a fabricação de eletrônicos. Sua margem bruta foi de 5,91% no segundo trimestre.
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