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TikTok tenta descolar ligação com a China após Índia banir aplicativo

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Aditya Kalra

03/07/2020 17h02

O app TikTok, propriedade da chinesa ByteDance, se distanciou de Pequim depois que a Índia proibiu 59 aplicativos chineses no país, de acordo com um documento visto pela Reuters.

Em carta ao governo indiano datada de 28 de junho e vista pela Reuters nesta sexta-feira, o presidente-executivo da TikTok, Kevin Mayer, disse que o governo chinês nunca pediu dados de usuários e que a empresa não os entregará se solicitada.

O TikTok, juntamente com 58 outros aplicativos chineses, incluindo o WeChat e o UCB Browser, do Alibaba, foram proibidos na Índia nesta semana após confronto na fronteira com a China.

"Posso confirmar que o governo chinês nunca nos pediu os dados TikTok de usuários indianos", escreveu Mayer, adicionando que os dados para usuários indianos estão armazenados em servidores em Cingapura. "Se alguma vez recebermos tal pedido no futuro, não cumpriremos."

A carta foi enviada antes de uma provável reunião na próxima semana entre a empresa e o governo, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters.

O TikTok, não disponível na China — o Douyin, também da ByteDance, é usado por lá —, tentou se distanciar de suas raízes chinesas para atrair um público global.

A empresa prometeu investir US$ 1 bilhão na região.

Desde o seu lançamento em 2017, tornou-se um dos aplicativos de mídia social que mais crescem. A Índia é seu maior mercado por usuário, seguida pelos Estados Unidos.