Topo

Até os de Trump! Facebook vai rotular posts de políticos que quebrem regras

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg ao ser questionado no capitólio sobre a falha do Facebook em impedir a propagação do discurso de ódio em Myanmar - Leah Millis / Reuters
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg ao ser questionado no capitólio sobre a falha do Facebook em impedir a propagação do discurso de ódio em Myanmar Imagem: Leah Millis / Reuters

26/06/2020 20h29

Por Elizabeth Culliford e Sheila Dang

(Reuters) - O Facebook disse nesta sexta-feira que começará a rotular conteúdo que viole as políticas da empresa de mídia social e rotular todas as postagens e anúncios sobre eleições com links para informações oficiais, incluindo as de políticos.

Uma porta-voz do Facebook confirmou que sua nova política significa anexar um link sobre informações eleitorais ao post do presidente dos EUA, Donald Trump, no mês passado, sobre cédulas por correio. O Twitter havia afixado um rótulo de verificação de fatos nessa publicação.

O Facebook atraiu protestos de funcionários e parlamentares nas últimas semanas por causa de suas decisões de não agir sobre mensagens inflamatórias do presidente norte-americano.

Não há exceções para os políticos em nenhuma das políticas que estou anunciando aqui hoje
MarkZuckerberg, presidente-executivo

Zuckerberg também disse que o Facebook proibirá anúncios que alegam que pessoas de grupos com base em raça, religião, orientação sexual ou status de imigração são uma ameaça à segurança ou saúde física. As mudanças nas políticas ocorrem durante uma crescente campanha de boicote a anúncios, chamada "Stop Hate for Profit", iniciada por vários grupos de direitos civis dos EUA após a morte de George Floyd, para pressionar a empresa a agir sobre discurso de ódio e desinformação.

As ações do Facebook fecharam em queda de mais de 8% e o Twitter caiu 7% na sexta, após a Unilever anunciar uma pausa dos anúncios no Facebook, Instagram e Twitter pelo resto do ano nos EUA, citando "divisões e discursos de ódio".

Mais de 90 anunciantes, incluindo a montadora japonesa Honda, subsidiária americana Ben & Jerry's, Verizon e The North Face, uma unidade da VF Corp, aderiram à campanha.

Um dos maiores anunciantes do Facebook, a gigante de bens de consumo Procter & Gamble, prometeu realizar uma análise das plataformas de anúncios e parar de gastar onde encontrou conteúdo odioso.