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Aplicativo de monitoramento voluntário de coronavírus é baixado por 1,5 milhão de israelenses

1.abr.2020 - Pessoas usaram máscaras em supermercado durante pandemia do novo coronavírus em Viena, na Áustria - Leonhard Foeger/Reuters
1.abr.2020 - Pessoas usaram máscaras em supermercado durante pandemia do novo coronavírus em Viena, na Áustria Imagem: Leonhard Foeger/Reuters

Tova Cohen

Da Reuters, em Tel Aviv

01/04/2020 14h24

Cerca de 1,5 milhão de israelenses baixou um aplicativo na semana passada que alerta usuários que cruzarem com um paciente com o novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde, ajudando a melhorar o rastreamento da pandemia.

O aplicativo HaMagen - hebraico para The Shield (o escudo) - está despertando interesse do exterior com abordagens da Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália e Chile até agora, disse hoje o vice-diretor geral do ministério, Morris Dorfman.

Sob uma iniciativa do ministério, os desenvolvedores criaram o aplicativo usando ferramentas de código aberto para que ele possa ser implantado rapidamente em outros países sem nenhum custo, disse ele à Reuters.

"A pergunta mais feita a nós não é sobre a tecnologia", disse ele. "É se as pessoas fazem o download voluntariamente do aplicativo e como você pode convencer as pessoas a fazer isso".

Os dados pessoais e de localização dos usuários permanecem em seus telefones e não estão disponíveis para outras pessoas. Portanto, os desenvolvedores do aplicativo não podem rastrear indivíduos sem seu conhecimento.

O aplicativo permite que os usuários decidam se devem relatar sua exposição ao coronavírus ao ministério.

Na primeira semana, 50 mil usuários do aplicativo relataram que entraram em auto-isolamento.

Além de em hebraico, o aplicativo está disponível em inglês, francês, árabe e russo.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou separadamente à agência de segurança interna Shin Bet que monitore celulares de possíveis portadores do vírus, uma ação que se tornou alvo de protestos de grupos de direitos civis.

Dorfman disse que a vigilância do governo ainda é necessária porque, uma vez que alguém testa positivo para o vírus, as autoridades devem agir rapidamente para encontrar aqueles que tiveram contato com essa pessoa. Embora 17% da população tenha baixado o aplicativo, isso não foi suficiente.

"Precisamos garantir que todos os israelenses tenham o aplicativo", disse ele.

Depois do feriado da Páscoa, que termina em meados de abril, o governo planeja começar gradualmente a deixar as pessoas voltarem ao trabalho, e seria importante que todos tenham o aplicativo, disse ele.

O HaMagen é uma das cerca de cem tecnologias israelenses implantadas contra o coronavírus, de acordo com a organização não governamental Start-Up Nation Central. Israel registrou 5.591 casos de coronavírus e 21 mortes.

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