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Ao mirar em pulseira fitness, Google preocupa órgão de privacidade europeia

20/02/2020 13h00

Por Foo Yun Chee

BRUXELAS (Reuters) - A oferta de 2,1 bilhões de dólares do Google, da Alphabet, pela empresa de dispositivos vestíveis fitness Fitbit pode representar riscos à privacidade, alertou o Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB) nesta quinta-feira, se juntando a outros críticos da transação.

O Google anunciou o acordo em novembro do ano passado, com o objetivo de competir com a Apple e Samsung no lotado mercado de dispositivos fitness e smart watches.

A Fitbit, cujos dispositivos monitoram a quantidade diária de passos dos usuários, calorias queimadas e a distância percorrida, daria ao gigante da tecnologia dos EUA acesso a uma grande quantidade de dados de saúde coletados a partir dos dispositivos Fitbit.

O acesso a tais dados é preocupante, afirmou o órgão de defesa da privacidade da UE.

"A possível combinação e o acúmulo adicional de dados pessoais sensíveis de usuários na Europa por uma grande empresa de tecnologia pode acarretar um alto nível de risco à privacidade e a proteção de dados", afirmou o órgão.

A comissária europeia da concorrência, Margrethe Vestager, que vai avaliar o acordo, em novembro manifestou sua preocupação com grandes empresas que compram rivais que possuem uma grande quantidade de dados.

A Comissão Europeia disse que ainda não havia sido formalmente notificada, em comentário enviado por e-mail nesta quinta-feira.