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EUA afastam ideia de comprar Nokia ou Ericsson para enfrentar Huawei

Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, descartou sugestão feira pelo procurador-geral dos EUA de país e aliados assumirem controle de empresas rivais da Huawei - Lorraine O"Sullivan/Reuters
Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, descartou sugestão feira pelo procurador-geral dos EUA de país e aliados assumirem controle de empresas rivais da Huawei Imagem: Lorraine O'Sullivan/Reuters

07/02/2020 17h25

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, descartou nesta sexta-feira (7) a sugestão para lá de incomum do procurador-geral do país, William Barr. A ideia é que o governo norte-americano considerasse assumir o controle de dois grandes rivais estrangeiros da chinesa Huawei.

Ex-advogado geral da Verizon, uma das maiores operadoras de telecomunicação do país, Barr disse na véspera que os EUA e seus aliados deveriam considerar uma "participação controladora" na finlandesa Nokia e na sueca Ericsson para enfrentar o domínio da Huawei na tecnologia de redes 5G.

Pence sugeriu uma abordagem alternativa quando procurado pela CNBC: "Tenho grande respeito pelo procurador-geral Barr, mas acreditamos que o melhor caminho a seguir é o que Ajit Pai anunciou nos últimos dias", disse Pence, referindo-se aos esforços do presidente da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) para liberar mais espectro sem fio para 5G.

"Esse é o plano que o presidente endossou e levará adiante", disse Pence, acrescentando que os EUA podem expandir o 5G "usando o poder do mercado livre e das empresas americanas".

Uma porta-voz de Barr se recusou a comentar. A Casa Branca e um porta-voz de Pai não comentaram imediatamente.

Nesta sexta-feira (7), as ações da Nokia subiram 4% e as da Ericsson subiram quase 5%. Ambas as empresas não se manifestaram.

A Nokia e a Ericsson têm um valor de mercado combinado de cerca de 53 bilhões de dólares e não está claro qual fonte de recursos o governo dos EUA poderia usar para comprar participações nas empresas ou se os reguladores estrangeiros aprovariam.

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