EUA concedem à Huawei mais 90 dias para comprar de fornecedores norte-americanos, diz Ross
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta segunda-feira que o governo norte-americano vai prorrogar o adiamento dado à Huawei Technologies que permite que a empresa chinesa compre suprimentos de empresas norte-americanas para atender clientes existentes.
O departamento informou em comunicado que a prorrogação de 90 dias "tem como objetivo proporcionar aos consumidores em toda a América o tempo necessário para fazer a transição para se afastar dos equipamentos da Huawei, dada a persistente ameaça à segurança nacional e à política externa".
"À medida que continuamos a pedir aos consumidores que façam a transição para se afastar dos produtos da Huawei, reconhecemos que é necessário mais tempo para evitar qualquer interrupção", disse Ross em um comunicado, confirmando uma decisão informada pela Reuters na sexta-feira.
Ele também disse que estava adicionando 46 afiliadas da Huawei à Lista de Entidades, a chamada lista negra econômica, elevando o número total para mais de 100 entidades da Huawei cobertas pelas restrições.
A lista inclui afiliadas da Huawei na Argentina, Austrália, Bielorrússia, China, Costa Rica, França, Índia, Itália, México e vários outros países.
Ross disse que a extensão foi para ajudar os clientes dos EUA, muitos dos quais operam redes na América rural.
"Estamos dando a eles um pouco mais de tempo para se afastarem", disse Ross à Fox Business Network anteriormente.
A Huawei não comentou imediatamente nesta segunda-feira.
A prorrogação, que vai até 18 de novembro, renova um acordo que mantém a capacidade da empresa chinesa de manter redes de telecomunicações existentes e fornecer atualizações de software para aparelhos Huawei.
(Reportagem de David Shepardson e Karen Freifeld)
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