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Tesla faz transporte aéreo para nova linha de produção de baterias

25/05/2018 18h24

Por Edward Taylor e Alexandria Sage

FRANKFURT, SAN FRANCISCO (Reuters) - A Tesla enviou seis aviões cheios de robôs e equipamentos da Europa para a Califórnia, num esforço incomum para acelerar a produção de baterias para seu veículo elétrico Model 3, disseram à Reuters pessoas familiarizado com o assunto.

O transporte de equipamento aéreo para uma linha de produção é custoso e pouco usado na indústria automotiva e o movimento ressalta a urgência do presidente da Tesla, Elon Musk, em controlar problemas de fabricação que prejudicaram o lançamento do Model 3 e levaram as contas da Tesla para o vermelho.

"Como de costume na Tesla, tudo está sendo feito com pressa e dinheiro parece não ser um obstáculo", disse uma das fontes.

A Tesla se recusou a comentar se recebeu novos equipamentos de produção da Europa.

Os investidores estão observando atentamente a Tesla e Musk para ver se a fabricante de carros elétricos conseguirá produzir em larga escala o Model 3, carro com potencial para impulsionar a fabricante e torná-la uma grande produtora, além de garantir sua estabilidade financeira.

Equívocos de fabricação levaram a Tesla a errar várias vezes as metas de produção do sedã e levantaram dúvidas sobre as promessas de Musk de que a empresa deixará de queimar dinheiro no terceiro trimestre. A Tesla teve um fluxo de caixa negativo de 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre, e no início deste mês divulgou que poderia oferecer sua fábrica de montagem de veículos Fremont, Califórnia, como garantia de dívida.

Sob pressão para consertar os problemas, Musk agora insiste que a nova linha de produção deve ser um esforço sem limites, disse a fonte. Isso levou à decisão de transportar o novo equipamento de produção para os EUA da Europa, um passo que as montadoras geralmente evitam, planejando instalações de equipamentos de produção meses ou anos antes de um lançamento.

As remessas de novos equipamentos começaram a chegar esta semana, disseram as duas fontes à Reuters.

(Por Edward Taylor em Frankfurt e Alexandria Sage)